Brasil assume presidência do Conselho de Segurança na ONU neste domingo 1°

O País é o segundo com maior número de mandatos no órgão executivo que é o mais poderoso da ONU

O presidente Lula na Assembleia Geral da ONU de 2023. Foto: Ricardo Stuckert/PR

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O Brasil assume neste domingo 1º, a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). 

O País é o segundo com maior número de mandatos do órgão executivo, que é o mais poderoso da ONU, atrás apenas do Japão. Desde 1948, na criação do órgão, esse é o 11º mandato brasileiro.

No total, o conselho é composto por 15 países, sendo cinco com cadeiras fixas e outros 10 com posições rotativas. 

A presidência tem uma duração de apenas um mês. Em 2023, por exemplo, é a segunda vez que o Brasil assume. E neste momento, os Emirados Árabes deixam o posto, o Brasil assume e em novembro repassam o cargo.

Na liderança, os países têm a oportunidade de propor debates, definir tópicos prioritários,  resolver e mediar conflitos internacionais.

Segundo a declaração do embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério de Relações Exteriores ao G1, o destaque da passagem do Brasil será “o papel que as mulheres podem exercer nos processos de prevenção e resolução de conflitos”. 


 

Tópicos sensíveis no debate internacional

Os temas que devem estar na agenda do Brasil no Conselho passam pela, já esperada,  guerra na Ucrânia, mas também as discordâncias sobre o envio de missão de ajuda no Haiti, e a reforma no funcionamento do conselho da ONU.

Este último tem sido posto, diante a argumentos da perda de eficácia das instituições multilaterais, e na falha em cumprir com o objetivo do Conselho em manter a paz e a segurança internacional. Publicamente, o presidente Lula tem defendido a reforma.

A situação da guerra na Ucrânia é um destes exemplos da falta de consenso, como país fixo do Conselho, a Rússia tem impedido a tomada de decisões sobre o conflito armado. 

 

Agenda 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já tem reuniões marcadas para encabeçar mediações do conflito. 

A primeira está marcada para o dia 20 de outubro, para entender os instrumentos que as organizações multilaterais podem usar para prevenir conflitos.

No dia 24, um debate aberto sobre o Oriente Médio, que já é realizado a cada trimestre para discutir a Palestina. 

No dia 25, será divulgado um relatório anual do papel das mulheres em países de guerra e como elas são afetadas com o conflito. Neste dia, o ministro irá presidir o debate “Mulheres, paz e segurança”.

 

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