Brasil abandona a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenho

O governo de Jair Bolsonaro considera que o bloco 'dá palco para regimes não-democráticos'

Bolsonaro e Ernesto Araújo (Foto: Valter Campanato/EBC)

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O governo de Jair Bolsonaro anunciou, nesta quinta-feira 16, a saída do Brasil da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) por considerar que “dá palco para regimes não-democráticos”.

“O Brasil decidiu suspender sua participação na Celac. A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, declarou o chanceler Ernesto Araújo.

“O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região – seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul – por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta”.

A Celac, que reúne 33 países, foi criada em 2010, nos anos dourados da esquerda na América Latina, com o objetivo de promover o diálogo na região. Mas a atuação do bloco foi praticamente paralisada nos últimos anos diante da chegada de governos  conservadores ao poder na região.

Bolsonaro é um duro crítico dos governos de esquerda de Luiz Inácio Lula da Silva, promotor da Celac, e Dilma Rousseff (2011-2016).

Em abril de 2019, Bolsonaro oficalizou a saída do Brasil da Unasul, outro bloco promovido por Lula e criado em 2008. Em seu lugar, passou a integrar o Prosul, criado em março passado, no Chile.


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