Política

Braga Netto diz que ‘recomendou’ que as Forças Armadas parem de comprar bebidas alcoólicas

Parlamentares do PSB foram à PGR e denunciaram a compra de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque 12 anos, para os militares

Braga Netto diz que ‘recomendou’ que as Forças Armadas parem de comprar bebidas alcoólicas
Braga Netto diz que ‘recomendou’ que as Forças Armadas parem de comprar bebidas alcoólicas
O ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Nada de cerveja ou uísque. O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, disse nesta quarta-feira 12 que fez uma “recomendação” às Forças Armadas para que deixem de usar dinheiro público na compra de bebidas alcoólicas.

Em audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, Braga Netto afirmou que celebrações entre os militares continuam a acontecer, mas, agora com eventuais bebidas adquiridas por cada um.

“Em relação à bebida e ao que foi dito, nós já fizemos uma recomendação para que isso seja evitado. Já foi evitado isso aí” disse o ministro. “Não vou comentar situações que ocorreram no passado. Agora, tem confraternizações. O pessoal vai para uma atividade estressante. Quando eles voltavam, era feita uma confraternização. Isso é feito hoje em dia, mas é feito com a contribuição de cada um”, afirmou.

O ministro se referiu às bebidas em resposta a questionamentos dos deputados Elias Vaz (PSB-GO) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

A denúncia sobre a compra de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque 12 anos para as Forças Armadas, foi feita por Vaz e mais nove parlamentares do PSB, em representação encaminhada à Procuradoria-Geral da República.

Os casos também foram apresentados ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. O MPF distribuiu a representação aos estados e já foram instaurados mais de 20 processos de investigação. O TCU recomendou a fiscalização das compras.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo