Política
Braga Netto diz que ‘recomendou’ que as Forças Armadas parem de comprar bebidas alcoólicas
Parlamentares do PSB foram à PGR e denunciaram a compra de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque 12 anos, para os militares
 
         
        Nada de cerveja ou uísque. O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, disse nesta quarta-feira 12 que fez uma “recomendação” às Forças Armadas para que deixem de usar dinheiro público na compra de bebidas alcoólicas.
Em audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, Braga Netto afirmou que celebrações entre os militares continuam a acontecer, mas, agora com eventuais bebidas adquiridas por cada um.
“Em relação à bebida e ao que foi dito, nós já fizemos uma recomendação para que isso seja evitado. Já foi evitado isso aí” disse o ministro. “Não vou comentar situações que ocorreram no passado. Agora, tem confraternizações. O pessoal vai para uma atividade estressante. Quando eles voltavam, era feita uma confraternização. Isso é feito hoje em dia, mas é feito com a contribuição de cada um”, afirmou.
O ministro se referiu às bebidas em resposta a questionamentos dos deputados Elias Vaz (PSB-GO) e Kim Kataguiri (DEM-SP).
A denúncia sobre a compra de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque 12 anos para as Forças Armadas, foi feita por Vaz e mais nove parlamentares do PSB, em representação encaminhada à Procuradoria-Geral da República.
Os casos também foram apresentados ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. O MPF distribuiu a representação aos estados e já foram instaurados mais de 20 processos de investigação. O TCU recomendou a fiscalização das compras.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
 
            


