O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, prestou explicações aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Casa sobre eventuais leitos disponíveis em hospitais das Forças Armadas.
O militar disse nesta quinta-feira 29 que não há ociosidade e que o índice de contaminação pelo novo coronavírus nas forças é maior que na população em geral. Segundo ele, a maioria dos hospitais militares tem lotação dos leitos de UTI.
“Nós não temos disponibilidade [de leitos], nosso índice de contaminação é maior na família militar, que abrange o pessoal da reserva”, disse. O general, entretanto, não apresentou os números para comprovar sua alegação.
“O fato é que não existem leitos ociosos nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é justamente do rodízio de quem sai da UTI para entrar quem está pior”, acrescentou.
Em março, o Tribunal de Contas da União determinou que as Forças Armadas esclarecessem a disponibilidade de leitos em hospitais militares, enquanto estados sofrem com o colapso na saúde em meio ao avanço da Covid-19.
Na sessão desta quinta, Braga Netto também foi questionado por senadores sobre a ‘politização’ das Forças Armadas. Fabiano Contarato (Rede-ES), por exemplo, mencionou a troca na cúpula de todas as forças após uma reforma ministerial promovida pelo governo de Jair Bolsonaro. O ministro afirmou que “não existe” essa politização.
“Isso é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e por uma questão funcional houve a troca de comandantes. Por uma questão até de antiguidade. Os civis normalmente não entendem muito a questão da antiguidade, e para nós isso é importante”, respondeu.
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