Política

Boulos vai à Justiça e acusa Nunes de uso indevido da máquina pública na eleição

A campanha do deputado federal fortaleceu sua estratégia jurídica na reta final do primeiro turno

Boulos vai à Justiça e acusa Nunes de uso indevido da máquina pública na eleição
Boulos vai à Justiça e acusa Nunes de uso indevido da máquina pública na eleição
O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos. Foto: Leandro Paiva/@leandropaivac
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O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) acionou a Justiça Eleitoral com uma acusação contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) por suposto uso da máquina pública e de servidores da gestão municipal em benefício da sua campanha à reeleição.

A ação sustenta que a campanha de Nunes tem associado obras e serviços públicos à imagem do prefeito e que o emedebista utilizaria inaugurações de obras como palanque eleitoral.

De acordo com a ação, o prefeito teria convocado cidadãos para a assinatura de um termo de vinculação de projetos de moradia a uma semana do primeiro turno. A peça cita um evento em 28 de setembro na região de Itaquera, zona leste da capital paulista, e transcreve declarações do mediador do evento e do subprefeito em tom de campanha.

A equipe de Boulos argumenta que o prefeito tem se aproveitado de estruturas públicas para guardar seu material de campanha, a exemplo de uma Unidade de Pronto Atendimento em Perus, região noroeste da cidade.

“Quem comete crime eleitoral é ele [Boulos]”, reagiu Nunes nesta terça. “As pessoas pegam uma bandeira, fazem uma filmagem. Jamais eu permitiria que utilizassem equipamento público para armazenar material. É mais uma armação, com certeza.”

A ação do candidato do PSOL aponta, ainda, que o prefeito pode ter cometido assédio eleitoral contra servidores municipais ao convocá-los, em horário de trabalho, para a inauguração de obras públicas.

“As provas que instruem a presente petição inicial, bem como as denúncias veiculadas pelos mais diversos veículos de imprensa, apresentam evidências concretas, que, inclusive, levaram o Ministério Público do Trabalho a investigar a possível prática de assédio eleitoral”, alegam os advogados.

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