Política

Boulos chama ao diálogo e defende coalizão que ‘livrou o Brasil do autoritarismo’

Garantido no segundo turno, o candidato do PSOL reforçou a ligação entre Ricardo Nunes e Jair Bolsonaro

Boulos chama ao diálogo e defende coalizão que ‘livrou o Brasil do autoritarismo’
Boulos chama ao diálogo e defende coalizão que ‘livrou o Brasil do autoritarismo’
Guilherme Boulos discursa após o primeiro turno em São Paulo. Foto: Leandro Paiva/ @leandropaivac
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O candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) reforçou a ligação entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu primeiro discurso após o primeiro turno do pleito. Apesar disso, afirmou que pretende dialogar com todos os que votaram nele e com aqueles que optaram por outro candidato neste domingo 6.

“A enorme maioria votou pela mudança e agora, nesse segundo turno, é isso que estará em jogo”, declarou, ao lado de sua vice, Marta Suplicy (PT), e de aliados políticos.

Nunes, com 29,49% dos votos válidos, e Boulos, com 29,06%, disputarão em 27 de outubro o segundo turno. Pablo Marçal (PRTB) chegou colado em terceiro, com 28,14%.

Bolsonaro apoiava formalmente o emedebista, embora não tenha se dedicado à campanha. Além disso, muitos dos aliados dos ex-capitão debandaram para a candidatura de Marçal.

“Do lado de lá, temos um candidato apoiado por Bolsonaro, um candidato que acredita que Bolsonaro fez tudo certo na pandemia, um candidato que no primeiro turno se colocou contra a vacina, que acredita que o 8 de Janeiro foi apenas um encontro de senhoras, não uma tentativa de golpe”, disse Boulos.

“Do lado de cá, temos o time que ajudou a resguardar a democracia no Brasil. Temos o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a ministra Marina Silva (Rede) e todos aqueles que há dois anos se juntaram e venceram a eleição em São Paulo para que o nosso País se livrasse do autoritarismo.”

O deputado federal também mirou o coronel Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Boulos. O bolsonarista, ex-comandante da Rota, já defendeu abordagens diferentes da tropa de elite da Polícia Militar paulista em bairros ricos e na periferia.

“Do lado de lá, temos um vice indicado pelo Bolsonaro que é coronel da Rota, que acredita que as pessoas têm de tratar de modo diferente e que mora nos Jardins e quem mora nas periferias.”

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