Política

Boulos aciona MP e pede investigação contra Nunes por contratos com empresas ligadas ao PCC

Representação solicita que o Ministério Público investigue se a prefeitura não tinha salvaguardas para checar a idoneidade das empresas vencedoras das licitações na cidade

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Rovena Rosa/Agência Brasil
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) acionou o Ministério Público, nesta quinta-feira 18, para que a gestão Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo seja investigada pela contratação de empresas de ônibus com supostas ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na semana passada, foi revelada uma investigação que apura a relação entre as empresas Transwolf e Upbus e o crime organizado. Dados do MP mostram verbas públicas bilionárias sendo repassadas às empresas investigadas desde, pelo menos, 2015. Até o momento, os valores somados de ambos os contratos chegam ao montante de 1,2 bilhões de reais.

Na representação, Boulos destaca que “ainda que boatos relacionados a essa eventual conexão estejam longes de serem novos, não deixaram de surpreender a absoluta inexistência de salvaguardas para prevenir a penetração de organizações criminosas em contratos de concessão pública na cidade e, sobretudo, a autodeclarada impotência dos atuais gestores municipais.”

O deputado e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo solicita que a atual gestão seja investigada pela ausência de mecanismos de controle e medidas preventivas, já previstas na legislação, para fiscalizar a idoneidade das empresas que mantêm os vínculos contratuais, principalmente no âmbito da SPTrans.

Segundo informações reveladas pelo programa Fantástico, da TV Globo, o crime organizado teria sido essencial para o fechamento dos contratos com a prefeitura. Teria partido do PCC o valor injetado nas empresas para que elas pudessem chegar ao patamar exigido no edital para participar da licitação.

Para o MP, a transferência de valores do crime organizado às empresas traria a oportunidade de lavar dinheiro ilícito.

Uma operação deflagrada na terça-feira 16, que busca os envolvidos no suposto esquema de fraude nas licitações de transporte público, culminou na prisão de três vereadores de cidades de São Paulo.

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