O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar os integrantes de movimentos antifascistas de “marginais e terroristas”. Em live realizada nesta quinta-feira 4, o presidente orientou seus seguidores a não comparecem ao ato previsto para o domingo 7, pois o movimento não teria nada a oferecer.
“Pessoal de verde e amarelo, que tem Deus no coração, que é patriota e pensa no seu País, é conservador, que trabalha, que é liberal, que acredita que o Brasil pode mudar para melhor pelo trabalho, não compareça nesse movimento, que esse pessoal não tem nada a oferecer para nós. Bando de marginais, muitos ali são viciados, outros têm costumes dos mais variados que não condiz com a sociedade brasileira, eles querem tumulto, querem o confronto”, declarou.
Bolsonaro afirmou que os “marginais de preto” tem sido responsáveis por apedrejar e queimar patrimônios públicos e que o governo está se preparando para reagir caso ultrapassem o “limite da racionalidade”. “Não participem, deixem que eles mostrem o que é democracia para eles”, insistiu, se direcionando aos seus apoiadores.
O presidente afirmou que o movimento antifascista são os novos black blocks que tiveram origem no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff e criticou a cobertura que a imprensa faz dos movimentos. “O que vocês querem? Querem derrubar o governo? Querem a volta da baderna no Brasil?”, questionou.
Presente durante a transmissão, o assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Filipe Martins, disse que a preocupação dos movimentos antifascistas com os negros é falsa e citou a situação dos EUA, que é palco de protestos após a morte de George Floyd. “Quem está preocupada é a polícia que vem defendendo estabelecimentos. Eles já praticaram atos de vandalismo contra sinagogas, se posicionando contra judeus, atacam propriedades de outros negros”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login