Política
Bolsonaro usa caso Monark para pedir a criminalização do comunismo
O ex-capitão defendeu que organizações comunistas sejam ‘alcançadas e combatidas por nossas leis’
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, nesta quarta-feira 9, para se manifestar sobre as declarações do podcaster Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, em defesa da criação e da legalização de um partido nazista no Brasil. O ex-capitão aproveitou o episódio para sugerir a criminalização do comunismo.
“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, escreveu Bolsonaro nas redes.
E acrescentou: “É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o Comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis”.
Bolsonaro também disse prestar “apoio ao povo judeu, que hoje sofre não só com as cicatrizes deixadas pela história, mas também com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave, rotulando tudo e todos na ânsia de conquistar ainda mais poder e controle sobre as pessoas”.
Afirmou, ainda, “ser o presidente que mais aproximou o nosso país dos judeus, seja intensificando as relações bilaterais com Israel, seja apoiando iniciativas importantes, como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), na qual ingressamos em meu governo”.
A Polícia Civil de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria-Geral da República já anunciaram abertura de investigações sobre Monark.
O procedimento da PGR também tem o objetivo de apurar a prática de eventual crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri, que participou do programa com Monark.
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