Política

Bolsonaro teria impedido a divulgação de resultados da ‘auditoria’ das Forças Armadas nas urnas

O ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas requisitou ao Ministério da Defesa uma cópia do relatório da auditoria

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Miguel Schincariol/AFP
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A fiscalização feita pelas Forças Armadas junto ao Tribunal Superior Eleitoral não encontrou irregularidades nas urnas eletrônicas. Os resultados teriam, inclusive, sido repassados ao presidente Jair Bolsonaro pelo Ministério da Defesa. O ex-capitão, entretanto, não autorizou a divulgação do relatório.

A informação é da colunista Malu Gaspar, do O Globo, que ouviu três generais, dois do alto escalão.

Segundo um dos relatos, ao saber que as conclusões do trabalho – que aferiu ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – não apontou irregularidades, o presidente teria pedido para que os militares se esforçassem mais, já que os resultados não batiam com o que ele sabia sobre o assunto.

Após o primeiro turno, Bolsonaro chegou a declarar que a conclusão sobre a segurança do sistema eleitoral seria dado com base no parecer da Defesa, mas diante a falta de irregularidades, o presidente pediu que fosse considerada uma análise também em segundo turno, sugerindo que não estariam descartadas irregularidades na etapa eleitoral.

Procurados pela colunista desde o término dos trabalhos, o Ministério da Defesa disse não haver um prazo para o envio do relatório ao TSE e que qualquer apontamento seria feito diretamente ao tribunal. Fontes do TSE, por sua, relataram à coluna que não seria divulgado nenhum relatório com as conclusões do trabalho.

Na segunda-feira 10, o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas requisitou ao Ministério da Defesa uma cópia do relatório da auditoria realizada no primeiro turno. Os militares têm 15 dias para entregar o documento ao TCU.

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