Política

Bolsonaro se esquiva de responder sobre homem morto em ‘câmara de gás’ da PRF e cita policiais assassinados

Presidente afirmou que ainda vai ‘se inteirar’ sobre o assunto com a Polícia Rodoviária Federal

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar o caso do homem que foi morto por asfixia ontem à tarde dentro de um carro da Polícia Rodoviária Federal, em Sergipe. Questionado, ele disse que ia se inteirar para opinar e aproveitou para fazer referência a um outro episódio, que não guarda relação com esse, em que dois policiais foram as vítimas.

“Vou me inteirar com a PRF. … Eu vi há pouco, há duas semanas, aqueles dois policiais executados por um marginal que estava andando lá no Ceará. Foram negociar com ele, o cara tomou a arma dele e matou os dois. Talvez isso, nesse caso, não tomei conhecimento, o que tinha na cabeça dele”, afirmou Bolsonaro.

Em Sergipe, o homem de 38 anos foi algemado e colocado dentro do porta-malas da viatura enquanto saía fumaça de dentro do carro.

Imagens da ação foram amplamente compartilhadas nas redes sociais. A vítima, identificada como Genivaldo de Jesus Santos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Em nota ao G1, a PRF informou que abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos. Bolsonaro, no entanto, disse que não sabia o que aconteceu.

“Uma coisa é execução. A outra eu não sei o que aconteceu. A execução ninguém admite ninguém executar ninguém. Mas não sei o que aconteceu para te dar uma resposta adequada”

“O comunicado afirma ainda que técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo foram empregadas para conter a Santos que, segundo a PRF, estava agressivo. O sobrinho da vítima, Wallyson de Jesus, disse ao G1 que o tio tinha transtornos mentais e teve os apelos ignorados pelos policiais. Os agentes usaram spray de pimenta e colocaram a vítima dentro do porta-malas da viatura. O caso é investigado pela Polícia Civil.

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