Política

Na mira da PF, Bolsonaro passou duas noites escondido na embaixada da Hungria

Os registros datam de 12 de fevereiro, quatro dias depois de a polícia deflagrar uma ação para investigar a trama golpista de 2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro deste ano, após uma operação da Polícia Federal apreender seu passaporte. As imagens de câmeras de segurança da missão diplomática foram reveladas nesta segunda-feira 25 pelo jornal The New York Times.

De acordo com o veículo norte-americano, os registros de Bolsonaro na embaixada datam de 12 de fevereiro, quatro dias depois de a PF deflagrar uma ação para investigar a trama golpista de 2022. O ex-capitão permaneceu no local até 14 de fevereiro, acompanhado de dois seguranças.

Na embaixada, Bolsonaro não poderia, por exemplo, ser alvo de uma eventual ordem de prisão.

Um funcionário da embaixada confirmou sob reserva ao NYT o plano de receber Bolsonaro, um aliado do premiê húngaro, o extremista de direita Viktor Orbán. Em dezembro, os dois se encontraram na posse do ultradireitista Javier Milei na Argentina.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente se hospedou na embaixada da Hungria “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Disse também que seu cliente recebeu um convite para ir ao local, onde “conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”.

A operação deflagrada pela Polícia Federal em 8 de fevereiro fechou o cerco sobre Bolsonaro, militares de alta patente e ex-ministros na investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O aval para a ação policial partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os fatos apurados pela PF na operação configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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