Bolsonaro sai de isolamento, participa de atos e aperta mão de apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro saiu do isolamento por conta do coronavírus e decidiu participar dos atos a favor do governo e contra o Congresso e STF, realizados neste domingo 15. Em Brasília, por volta do meio-dia, o presidente deixou o Palácio da Alvorada e seguiu para a Esplanada dos Ministérios, onde um grupo de apoiadores realiza o ato. Durante o percurso, o presidente não desceu do comboio presidencial e manteve o vidro do carro fechado, mas passou a ser seguido por veículos de simpatizantes.

Já no Palácio do Planalto, o presidente decidiu descer a rampa e ir ao encontro de seus apoiadores. Sem máscara, o presidente tocou nos manifestantes e manuseou o celular de alguns deles para tirar selfies. A aproximação foi filmada ao vivo em suas redes sociais. “Isso não tem preço”, declarou.

O presidente Jair Bolsonaro testou negativo para o primeiro teste contra o coronavírus, mas ainda deve passar por mais duas aferições, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde. Nesse período, a recomendação era de que ele ficasse isolado. Pelo menos três pessoas que o acompanharam em viagem internacional estão contaminados pelo Covid-19, além do secretário de Comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, confirmaram-se ainda os diagnósticos de Covid-19 do encarregado de negócios do Brasil em Washington, Nestor Forster, e do senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Ao longo do dia, o presidente manifestou apoio aos atos pelas suas redes sociais. Ele postou imagens de atos a favor do governo em Belém, Belo Horizonte, Salvador, Rio, Brasília, Volta Redonda, Parnaíba (PI) e Ribeirão Preto. A manifestação em São Paulo está prevista para o início da tarde, na avenida Paulista.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que as pessoas evitem aglomerações como forma de conter o avanço do coronavírus. Levantamento divulgado pela pasta no sábado 14 apontam que o País soma 121 casos confirmados e lida com outros 1496 suspeitos. Ainda de acordo com o Ministério, eventos em locais que têm transmissão direta do vírus, caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, devem ser cancelados ou adiados.