Política

Bolsonaro recua e diz que irá aos Estados Unidos receber homenagem

Presidente declarou a jornalistas que a ideia ainda estava em pé. “Vou aos EUA”. Mas o Planalto ainda não confirma a informação

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O presidente Jair Bolsonaro ainda sibila sobre a ida aos Estados Unidos para receber uma homenagem. Ao contrário do que foi divulgado há três dias pelo Planalto, o presidente reconsiderou o recuo e diz agora que irá ao país participar de um evento de gala patrocinado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.

 

No domingo 5, o presidente declarou a jornalistas que a ideia ainda estava em pé. “Vou aos EUA”, disse. Trata-se de um jantar cujo ponto seria a entrega do prêmio de ‘Personalidade do Ano’ ao militar. O evento está programado para o dia 14 de maio, no hotel Marriott Marquis em Nova York.

Na sexta-feira 3, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto anunciou em nota que Bolsonaro declinara do convite. De acordo com o comunicado, a iniciativa foi motivada pela ‘ideologização’ do evento, alvo de protestos de políticos e ativistas americanos.

 

Procurada por CartaCapital, a Secom informou que ainda não há informações oficiais a respeito. Aliados do presidente consideram, inclusive, transferir o evento para outra cidade dos EUA.

Desde o anúncio de que o presidente seria laureado, em fevereiro, vários patrocinadores desistiram de bancar a homenagem. A Delta Airlines, a consultoria financeira Bain & Co. e o jornal Financial Times voltaram atrás no apoio após protestos.

Primeira opção para sediar o evento, o Museu de História Natural também recuou — sob pressão inclusive do prefeito de Nova York, Bill de Blasio. Nas redes sociais, o prefeito americano comemorou a anunciada desistência do brasileiro.

“Bolsonaro aprendeu da maneira mais difícil que os nova-iorquinos não fecham os olhos para a opressão. Nós mostramos seu preconceito. Ele fugiu. Não é surpresa – valentões geralmente não aguentam um soco”, escreveu.

Segundo a BrasilCham, Bolsonaro foi escolhido por ‘seu firme compromisso de construir uma parceria forte e duradoura entre as duas nações’. Os homenageados das duas edições anteriores do evento foram João Doria, em 2017 e, no ano seguinte, Sérgio Moro.

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