Política

Bolsonaro: “Reconheço as minhas limitações, que não são poucas”

O presidente culpou a classe política pela desarticulação. ‘Fiquei 28 anos lá dentro, pessoal diz que ‘sem fazer nada. Graças a Deus’

Bolsonaro: “Reconheço as minhas limitações, que não são poucas”
Bolsonaro: “Reconheço as minhas limitações, que não são poucas”
Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Em encontro com o setor empresarial do Rio de Janeiro para receber a Medalha do Mérito Industrial, Jair Bolsonaro fez um apelo aos empreendedores e culpou a classe política pelos problemas do Brasil – a mesma que ele faz parte há quase 30 anos. “Fiquei 28 anos lá dentro, pessoal diz que ‘sem fazer nada’. Graças a Deus. Se tivesse feito, estava preso uma hora dessas”.

O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, contou também com a presença do governador do Rio, Wilson Witzel, e do prefeito, Marcelo Crivella, e teve momentos de descontração do presidente com as investigações envolvendo o próprio nome, como as das assessoras laranjas ligadas diretamente a Bolsonaro – caso investigado pelo Ministério Público.

Apesar de estabelecer um clima de diálogo com os empresários, o apelo ainda não surtiu efeitos no mercado, que se desestabiliza a cada polêmica promovida pelo governo. Nesta segunda-feira 20, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu pela quarta vez consecutiva e acumulou recuo de 80,2 pontos desde fevereiro.

Mesmo assim, o presidente insistiu em culpabilizar o clima político e a imprensa, além de nomear as manifestações convocadas por ele e por membros do partido (PSL) como “movimento espontâneo previsto para o dia 26”.

Em meio a uma disputa dentro do próprio partido sobre a chamada da base bolsonarista aos atos, cravou: “Reconheço as minhas limitações, que não são poucas”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo