Política

Bolsonaro reclama de votos contrários à PEC dos Precatórios: ‘Não querem atender os pobres’

‘Votaram contra os pobres por birra, por ser eu o presidente’, disse o ex-capitão a jornalistas e apoiadores

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Em conversa com apoiadores e jornalistas em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira 4, o presidente Jair Bolsonaro lamentou os mais de 100 votos contrários à PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados. Para ele, a oposição não quer atender aos interesses dos mais pobres.

“Ontem, mais de 100 deputados votaram contra os pobres por birra, por ser eu o presidente. Não querem atender os pobres, nunca vi isso”, disse ao responder se faria mais um pagamento de auxílio emergencial ainda neste ano. Segundo explicou, qualquer novo benefício depende da aprovação da PEC.

“Partidos de esquerda, comum votar contra a gente, mas votar nessa questão também é uma maldade”, acrescentou Bolsonaro logo em seguida.

Ainda na entrevista, o ex-capitão voltou a criticar a atuação do Supremo Tribunal Federal. Desta vez, o lamento foi porque, de acordo com ele, a Corte teria ‘jogado no colo dele’ dívidas de décadas atrás.

“Precatórios são dívidas de 20, 30 anos atrás e o Supremo botou tudo no meu colo para pagar de uma vez só. Entra pra dentro do teto 90 bilhões de reais e a gente simplesmente não consegue trabalhar o ano que vem, zera muito ministério”, declarou.

Em seguida, minimizou dizendo que tem ‘alguns’ do tribunal o ajudando nesta questão.

“Estamos tentando então, com o Parlamento, se bem que alguns do Supremo têm colaborado nesse sentido também, da gente parcelar essa dívida enorme pra pagar uns 30 e poucos bilhões ano que vem e parcelar os quase 60 bilhões pro futuro, se não, não temos como pagar”, completou.

A conversa ocorreu logo após o lançamento do chamado leilão do 5G. No evento, tentou justificar o porquê quebrou algumas promessas de campanha, como a redução do número de ministérios.

“A gente fala muito enquanto tá na oposição…não é oposição…quando não tá no governo tem um pensamento, quando vai é outro, muda muita coisa. Pelo tamanho do Brasil pode ter mais de 23 ministérios”, disse, lamentando em seguida ter acabado com o Ministério da Pesca. “Se eu soubesse a importância da pesca, como sei hoje em dia, não teria deixado de existir”, justificou.

Durante o evento, também tratou do que considera como ‘ponto-chave’ no leilão do 5G: ‘passar uma imagem real do Brasil’. De acordo com a tese defendida durante o discurso, os indígenas da Amazônia com acesso à internet poderão mostrar ‘a real situação do Brasil para o mundo’.

“Quando a gente vê os nossos irmãos indígenas com internet, eles vão começar a fazer matéria da Amazônia e mandar pra fora. Não vai ser só aquela fábrica de fake news que nós temos aqui no Brasil e o pessoal sabe como funciona, difamando a nossa Pátria, desinformando. Vamos ter a realidade pura”, defendeu.

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