Política

Bolsonaro recebeu 3,2 milhões de votos a mais que Dilma em 2014

Presidente eleito teve 55,1% dos válidos, contra 51,6% da petista, mas aumento de brancos, nulos e abstenção diminui vantagem em números absolutos

Porcentagem de votos de Bolsonaro lembra a de Dilma em 2010
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Ao conquistar 55,13% dos votos válidos, Bolsonaro elegeu-se presidente com o apoio de 57,7 milhões de brasileiros. 

Na comparação com as eleições de 2014, Bolsonaro teve 3,2 milhões de votos a mais que Dilma Rousseff, que recebeu 51,6% dos votos válidos no segundo turno contra o tucano Aécio Neves. Nesse interim, o número total de eleitores cresceu de 142,8 milhões para 147,3 milhões. 

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Embora Bolsonaro tenha tido uma porcentagem de votos válidos bem superior à de Dilma em 2014, seu total de votos foi mais próximo da petista por causa do aumento nos votos brancos, nulos e na abstenção. Nestas eleições, o chamado “não voto” passou de 27,7% em 2014 para 30,8%. 

Os votos nulos tiveram um significativo crescimento, ao passarem de 4,6% no segundo turno disputado entre Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB, para 7,8% no confronto deste ano. O número de brancos foi semelhante: 2,1% contra 1,7% de quatro anos atrás. 

A abstenção cresceu timidamente: passou de 21,1% para 21,3%. Foram 42,1 milhões de eleitores que aderiram ao “não voto” neste segundo turno. Há quatro anos atrás, 37,2 milhões de eleitores votaram branco, nulo, ou não compareceram às urnas.  Neste ano, foram 42,1 milhão, um aumento de 4,9 milhões de eleitores. 

O total de eleitores que não escolheu candidato neste segundo turno corresponde a 73% de todos os votos em Bolsonaro e 90% dos votos em Haddad. O presidente eleito obteve 57,7 milhões de votos, ante 47 milhões do petista. 

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