O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia de coronavírus que o mundo enfrenta. No dia seguinte ao ter descumprido orientação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações, o capitão afirmou, nesta segunda-feira 16, que a crise mundial “não é isso tudo que dizem”.
“Foi surpreendente o que aconteceu na rua. Até com esse superdimensionamento. Tudo bem que vai ter problema. Vai ter. Quem é idoso e está com problema ou deficiência. Mas não é isso tudo que dizem. Até que na China já está praticamente acabando”, afirmou o presidente na entrada do Palácio da Alvorada.
O presidente afirmou ainda que a epidemia da doença na China, considerado o epicentro da doença, está praticamente acabando. No Brasil, os casos confirmados já somam 200 pessoas e 1.917 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal são monitoradas por suspeitas de estarem infectadas.
Bolsonaro havia feito um pronunciamento na quinta-feira 12 pedindo para que as manifestações fossem canceladas pelo avanço do coronavírus no Brasil. A decisão aconteceu após a OMS classificar o novo vírus como uma pandemia. O Ministério da Saúde também pediu para que aglomerações fossem evitadas.
nos protestos pró-governo deste domingo, além de incentivar pelas redes sociais, Bolsonaro desceu a rampa do Palácio do Planalto, cumprimentou e tirou fotos com apoiadores. O presidente, no entanto, está em quarentena após viajar para os EUA e ter contato com sete pessoas que foram diagnosticada com coronavírus.
“Imprensa mentirosa aí. Capa dos jornais aí falando que eu estou falando para fechar o Congresso ou Supremo. Nunca falei isso, nada. Tudo é mentira. O tempo todo”, afirmou.
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