Política

Bolsonaro reafirma que coronavírus “não é isso tudo que dizem”

O presidente voltou a minimizar a pandemia que já matou 6.513 pessoas

Bolsonaro reafirma que coronavírus “não é isso tudo que dizem”
Bolsonaro reafirma que coronavírus “não é isso tudo que dizem”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "pessoas com HIV são despesa para o país". Foto: Arquivo/Antônio Cruz/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia de coronavírus que o mundo enfrenta. No dia seguinte ao ter descumprido orientação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações, o capitão afirmou, nesta segunda-feira 16, que a crise mundial “não é isso tudo que dizem”.

“Foi surpreendente o que aconteceu na rua. Até com esse superdimensionamento. Tudo bem que vai ter problema. Vai ter. Quem é idoso e está com problema ou deficiência. Mas não é isso tudo que dizem. Até que na China já está praticamente acabando”, afirmou o presidente na entrada do Palácio da Alvorada.

O presidente afirmou ainda que a epidemia da doença na China, considerado o epicentro da doença, está praticamente acabando. No Brasil, os casos confirmados já somam 200 pessoas e 1.917 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal são monitoradas por suspeitas de estarem infectadas.

Bolsonaro havia feito um pronunciamento na quinta-feira 12 pedindo para que as manifestações fossem canceladas pelo avanço do coronavírus no Brasil. A decisão aconteceu após a OMS classificar o novo vírus como uma pandemia. O Ministério da Saúde também pediu para que aglomerações fossem evitadas.

nos protestos pró-governo deste domingo, além de incentivar pelas redes sociais, Bolsonaro desceu a rampa do Palácio do Planalto, cumprimentou e tirou fotos com apoiadores. O presidente, no entanto, está em quarentena após viajar para os EUA e ter contato com sete pessoas que foram diagnosticada com coronavírus.

“Imprensa mentirosa aí. Capa dos jornais aí falando que eu estou falando para fechar o Congresso ou Supremo. Nunca falei isso, nada. Tudo é mentira. O tempo todo”, afirmou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo