Política

Bolsonaro: queimadas na Amazônia são “quase uma tradição da região”

‘O que nós podemos fazer estamos fazendo. Se eu tivesse milhões de pessoas não conseguiria fazer prevenção. Pessoal faz queimada’

Foto: Alan Santos/ PR
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No último dia de uma semana marcada por uma crise ambiental que tomou proporções internacionais, com desgastes especialmente em relação ao presidente francês Emmanuel Macron, Bolsonaro voltou a relativizar a Amazônia em chamas. “O que nós podemos fazer estamos fazendo. Se eu tivesse milhões de pessoas não conseguiria fazer prevenção. Pessoal faz queimada. É quase uma tradição da região”, disse neste sábado, ao sair do Palácio do Alvorada a caminho de um almoço marcado com o vice-presidente, Hamilton Mourão, no Palácio do Jaburu.

Segundo o presidente, que na noite de sexta-feira 23 fez uma declaração em rede nacional para anunciar providências em relação à crise, se for preciso irá à Amazônia conferir de perto a situação.

Ainda neste sábado, o governo confirmou que os estados de Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater incêndios florestais. Segundo o Ministério da Defesa, cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

A confirmação foi feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante entrevista à imprensa. Salles participou de uma reunião na manhã deste sábado com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

Nesta sexta-feira 23, Jair Bolsonaro assinou o decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Ricardo Salles disse que os estados terão apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos que pertencem à pasta, para o combate aos incêndios.

Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, que coordena as operações, as primeiras medidas foram tomadas neste sábado. Um helicóptero do Ibama e dois aviões de combate a incêndios serão enviados para Porto Velho.

Um centro de operações instalado no ministério coordena as ações.

Recursos

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também disse que a pasta tem previsto no orçamento 28 milhões de reais para gastos com ações de GLO, mas o valor está contingenciado. No entanto, segundo o ministro, o descontingenciamento já foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma reunião. “Estou numa fase em que só acredito quando eu abrir o cofre e ver”, afirmou.

*Com informações da Agência Brasil.

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