Política
Bolsonaro proíbe que terceiros retirem remédios no SUS para pessoas que são do grupo de risco
A decisão impulsiona a circulação dessas pessoas nas ruas e em locais considerados de alto risco


Em meio à pandemia do coronavírus, que já vitimou quase 90 mil pessoas no país, o presidente Jair Bolsonaro vetou dispositivo que estabelecia que pacientes que fazem parte do grupo de risco da covid-19 ou tenham deficiências poderiam indicar um terceiro para retirar os medicamentos na farmácia em seu nome.
O veto faz parte da Lei 14.028/20 que trata do tema e foi sancionada nesta terça-feira 28 em publicação no Diário Oficial da União.
Uma das justificativas para a decisão é que a lei poderia “burocratizar o atendimento das farmácias”.
Na prática, os pacientes do grupo de risco, como hipertensos e idosos, e pessoas com deficiência não poderão indicar outros para retirar os medicamentos no SUS, o que impulsiona a circulação dessas pessoas nas ruas e em locais considerados de alto risco, como hospitais.
A lei também determina que, para evitar que pessoas que façam uso de medicamentos de uso contínuo tenham que ir a consultórios médicos e odontológicos durante a pandemia, as receitas prescritas não perderão a validade.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Bolsonaro “passou a boiada” no meio ambiente durante a pandemia, mostra levantamento
Por CartaCapital
Dino rebate Bolsonaro: “Desemprego não é assunto a ser tratado com ironias”
Por Alexandre Putti