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Bolsonaro pode abandonar Magno Malta para apoiar Evair de Melo no ES, diz jornal

Ex-senador não é o único bolsonarista que deve ficar desamparado. Nomes como Marcos Rogério e Abraham Weintraub também devem ficar sem apoio

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Jair Bolsonaro (PL) pode deixar mais um apoiador de primeira ordem desamparado nas próximas eleições. O nome da vez agora é Magno Malta (PL), que já sinalizou que pretende concorrer ao Senado pelo Espírito Santo, mas não deve contar com o apoio do presidente se depender de conselheiros do ex-capitão. A informação é do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira 6.

De acordo com a publicação, Bolsonaro vem sendo aconselhado a apadrinhar politicamente Evair de Melo (PP) e abandonar Malta. Melo é o atual vice-líder do governo na Câmara e nutre proximidade com o presidente. O nome é bem visto por conselheiros por ter menor rejeição que Malta, que amargou um terceiro lugar em 2018 ficando de fora do Senado.

O ex-senador foi preterido em outras duas ocasiões. Primeiro, para ser vice de Bolsonaro em 2018 e, depois, não assumiu nenhum ministério. À época, o presidente declarou que “tínhamos um desenho do ministério na cabeça, infelizmente não coube o perfil dele [Malta] não se enquadrou nessa questão”.

Malta não é o único bolsonarista que deve ficar desamparado na disputa eleitoral. Recentemente, o ex-capitão sinalizou que não pretende apoiar a candidatura do senador Marcos Rogério (DEM-RO) para o cargo de governador de Rondônia. O parlamentar ficou conhecido por ser o grande defensor de Bolsonaro durante a CPI da Covid, ainda assim, corre o risco de ficar de fora da lista de apadrinhados.

No Rio Grande do Sul, dois fortes aliados de Bolsonaro disputam o apoio do presidente para concorrer ao governo: o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (DEM), e o senador Luis Carlos Heinze (PP). Até o momento, nenhum dois dois nomes sinalizou que pretende abrir mão da candidatura, e é possível, portanto, que um tenha que ser ‘abandonado’ pelo ex-capitão na foto oficial.

O mesmo ocorre em São Paulo, onde Bolsonaro já confirmou que o seu candidato ao governo será o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Com a escolha, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, com apoio de Roberto Jefferson (PTB), terá que buscar votos sem a ajuda do antigo chefe. Nas redes, Weintraub já é tratado como ex-aliado por alguns perfis por insistir em se opor a Tarcísio. Mais recentemente, chegou a discutir com a deputada Janaina Paschoal (PSL-SP) sobre a disputa de candidaturas.

Bolsonaro tem dito desde antes de ir ao PL que o seu objetivo é ampliar a sua base no Congresso, em especial, no Senado. Segundo o próprio presidente disse a apoiadores, há estados em que quatro candidatos buscam seu apoio e por isso ‘muitos irão ficar chateados com ele’. Nas conversas no cercadinho, tem dito que irá escolher nomes com ‘votos’ e ‘força política’. É provável, portanto, que a ‘lista de ex-aliados’ aumente consideravelmente com a aproximação das eleições.

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