Política

Bolsonaro pede que Celso de Mello tenha “sensibilidade” e não divulgue vídeo completo de reunião

Presidente reafirmou que vídeo não provará sua interferência na Polícia Federal, como acusou o ex-ministro Sérgio Moro

Bolsonaro pede que Celso de Mello tenha “sensibilidade” e não divulgue vídeo completo de reunião
Bolsonaro pede que Celso de Mello tenha “sensibilidade” e não divulgue vídeo completo de reunião
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro declarou que espera que o ministro Celso de Mello tenha “sensibilidade” e não divulgue o vídeo completo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Bolsonaro disse que autoriza a divulgação de 20 minutos e “brigará pelo restante”.

“Espero que o vídeo na íntegra não seja liberado. Tem questões de Estado, segurança nacional, e coisa pessoal, se falou em economia, não é o caso de estar nesse assunto”, declarou.

“São dois trechos de 30 segundos que interessam ao processo. Mas, da minha parte, eu autorizo divulgar os 20 minutos, até para ver dentro de um contexto. O restante a gente vai brigar, a gente espera que haja sensibilidade do relator, que é uma reunião reservada nossa. A gente espera que ele acolha isso”, completou.

Segundo o presidente, a Advocacia Geral da União deve encaminhar na sexta-feira 15 uma petição ao relator do caso, o ministro Celso de Mello, para que ele acolha o pedido.

Bolsonaro disse que as reuniões são costumeiramente gravadas e os vídeos descartados posteriormente, e que ele teria pedido a manutenção do material diante as acusações do ex-ministro Sérgio Moro. “Quando veio aí a tona que o ex-ministro disse que no vídeo ‘tava’ bem claro que eu estava interferindo na PF na frente de 20 ministros, eu podia destruir o vídeo, e disse não destrói não, segura”, afirmou.

O presidente minimizou os palavrões utilizados em meio ao encontro. “Tem palavrão? Tem. É minha maneira de ser. Quem não quiser ouvir palavrão, se for liberado, não assista, é muito simples”, disse.

Também voltou a negar que exista registros das palavras Polícia Federal e superintendência ditas por ele e que se referiu à segurança de sua família, questão ainda mais latente depois que sofreu a tentativa de homicídio durante a sua campanha presidencial.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo