Política
Moraes frustra tentativa de Bolsonaro de receber visitas contínuas da cúpula do PL
A defesa justificava que os membros do PL possuíam ‘relevância institucional’ e deveriam ter livre acesso à casa do ex-presidente


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta quarta-feira 10 o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de receber visitas contínuas de figuras do PL como Valdemar Costa Neto, o presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ) e a deputada federal Caroline de Toni (SC).
Em sua decisão, Moraes sustentou que a prisão domiciliar perderia suas características de restrição à liberdade se fosse autorizado o livre acesso de “pessoas estranhas à família do réu sem qualquer controle judicial”.
No documento, a defesa do ex-capitão justificava que os citados possuem “relevância institucional e pelo papel de liderança que exercem, impondo-se contato frequente e necessário”. Por isso, Bolsonaro pedia o acesso livre, assim como acontece com seus advogados e familiares, dos seguintes membros do PL:
- Rogério Marinho, senador;
- Altineu Côrtes, deputado federal;
- Valdemar da Costa Neto, presidente do PL;
- Caroline de Toni, deputada federal;
- Sóstenes Cavalcante, deputado federal; e
- Bruno Scheid, vice-Presidente estadual do PL.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o último dia 4 de agosto por determinação de Moraes. Ao decretar a prisão domiciliar, o magistrado proibiu visitas a Bolsonaro, salvo de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF.
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