Política

Bolsonaro, o presidente malvado e perigoso

As decisões de Bolsonaro sobre salário mínimo, radares nas estradas e fiscalização do Ibama expõem mais sua personalidade

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Jair Bolsonaro é a “pessoa do ano” para a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, um prêmio a quem se esforça para aproximar os dois países. Merecido. Bate continência para a bandeira dos EUA, fez concessões comerciais, militares e diplomáticas a Donald Trump em troca de uma camiseta de futebol e um número de telefone. Será agraciado em 14 de maio, em um jantar de gala em Nova York. O convescote se daria no Museu Americano de História Natural. Seria. Na sexta-feira 12, o prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, de 58 anos, há cinco no cargo, foi entrevistado por uma rádio local. Pediu ao Museu, e foi atendido, para não aceitar que Bolsonaro fosse homenageado por lá. Um comentário que se julgou no direito de fazer, pois o Museu embolsou 8,6 milhões de dólares em verba da prefeitura em 2018. “Esse cara é um ser humano muito perigoso”, disse Blasio sobre Bolsonaro.

Perigoso. Com problemas de autoestima, na opinião de um empresário que acha que o presidente não consegue falar de igual para igual com os generais do governo. Chefe de uma família “patológica”, na visão de um estrategista de um partido do “Centrão”. Autor de frases “extremamente desagradáveis” para Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa. Condenado na Justiça por dizer que não estupraria uma mulher feia. Um sujeito que descreve quilombolas como gente que pesa “arrobas” e “que nem para procriador serve”. Que comemorou quando um deputado gay deixou o Brasil ameaçado de morte: “Grande dia!”. Que após o incêndio do Museu Nacional limitou-se à grosseria: “Já pegou fogo, quer que eu faça o quê?” Que levou cinco dias para comentar os 80 tiros disparados por militares contra uma família negra e inocente no Rio e para tachar apenas de “incidente”. Um homem desprovido de coração, compaixão. Que ao atacar o “politicamente correto” parece reivindicar que o brasileiro possa ser um escória safado.

Com um homem mau no comando de um país quebrado, não chegam a ser surpresas certas decisões oficiais. No ano que vem, não haverá aumento real do salário mínimo, um fato que, de 1995 para cá, só ocorreu em 2017. A menos que o Congresso derrote o governo, e já há mau humor até no PSL, o partido de Bolsonaro, ou que o presidente mude de ideia até dezembro, o mínimo passará de 998 para 1.040 reais. Um reajuste apenas pela inflação prevista para 2019, de 3,8%. É o que consta do esboço do orçamento de 2020, enviado pelo governo ao Congresso na segunda-feira 15, a primeira LDO made in Bolsonaro e Paulo Guedes, o ministro da Economia.

Salário mínimo sem aumento real

É o fim de uma política de ganhos reais do mínimo surgida na era Lula (2003-2010) e convertida em lei em 2015. O valor era fixado com base na inflação e no crescimento do PIB. Não será mais. Pior para 48 milhões de brasileiros que têm renda de algum jeito atrelada ao piso, nas contas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). É quase 25% da população. Sem aumento real, o mínimo seria hoje de 573 reais, 425 a menos do que o valor vigente (998), informa o Dieese. Houvesse ganho real em 2020, seria de 1.059, não de 1.040 reais, nos cálculos da assessoria técnica dos deputados do PT. É menos massa salarial e, portanto, menos consumo. A atividade econômica desagradece. Ao menos o governo deixará de gastar 5,7 bilhões de reais com aposentadorias, um dos motivos da avareza presidencial. E não é o único motivo. O outro enche de alegria o empresariado apoiador do presidente.

Bolsonaro, que há 30 anos leva a vida com o dinheiro do contribuinte (antes como deputado, agora como presidente), acha que o brasileiro ganha demais. “A nossa mão de obra é talvez uma das mais caras do mundo”, disse no Chile, em 23 de março, em um café da manhã com empresários. Um estudo de 2018 da Confederação dos Sindicatos Alemães mostrou que o Brasil tem um dos mais baixos salários mínimos do mundo. Em março, a média salarial dos trabalhadores era de 2,2 mil por mês, de acordo com o IBGE, cujas estatísticas Bolsonaro critica. Na Argentina, um salário desses faz a pessoa ser considerada pobre pelo Indec, o IBGE portenho. No fim de 2018, havia 32% de pobres urbanos no país vizinho. Estava nessa situação quem embolsava abaixo de 27,5 mil pesos mensais, o equivalente a 2,4 mil reais. Por aqui eram 26% de pobres em 2017, último dado do IBGE, 55 milhões de pessoas a viver com menos de 5,5 dólares por dia (406 reais por mês, na época), critério de pobreza adotado pelo Banco Mundial.

O prefeito de Nova York: “O homem é perigoso” (Foto: Dan Herrick;/Zuma Wire)

Pobreza pode ser uma das consequências de mortes nas estradas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A família da vítima pode ficar sem a renda gerada por ela, por exemplo. Se depender de Bolsonaro, haverá mais cadáveres nas ruas. É o efeito esperado de outra decisão do “homem mau”. Em 31 de março, ele mandou o governo brecar um processo, iniciado na gestão Michel Temer, que manteria os atuais “pardais” nas rodovias federais, cerca de 2,2 mil, e botaria outros 8 mil em operação. “Sabemos que a grande maioria destes (radares) têm o único intuito de retorno financeiro ao Estado”, escreveu Bolsonaro no Twitter ao anunciar sua ordem, obedecida no dia seguinte pelo Ministério da Infraestrutura. A justificativa do ex-capitão? “A paz do motorista.”

Vítimas do mortal trânsito brasileiro

Em 2016, 37 mil motoristas e outros infelizes encontraram a paz dos cemitérios, graças a acidentes. É o último número disponível no Sistema de Informações sobre Mortalidade, banco de dados do Ministério da Saúde. A maioria das vítimas tinha de 20 a 39 anos, era do Sudeste (35%) e do Nordeste (30%). Somente nas capitais foram 5,7 mil mortes em 2016. Eram 7,9 mil em 2010, um ano antes do início do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade. De 2010 a 2016, a quantidade de desastres rodoviários caiu de 191 mil para 95 mil, conforme o Ministério dos Transportes. Este divulgou no ano passado uma pesquisa a informar que 30% dos acidentes são causados por desrespeito às leis, e a primeira desrespeitada é a do limite de velocidade.

O Brasil é o quinto no ranking da OMS com mais mortes no trânsito, uma posição compatível com o tamanho da população, a quinta maior. Quem vem na frente são as quatro nações mais populosas, Índia, China, Rússia e EUA. Ao todo, morrem 1,2 milhão de pessoas no planeta em acidentes por ano, o equivalente aos moradores de Goiânia. É a principal causa da morte de jovens de 15 a 29 anos, segundo a OMS, não raro homens alcoolizados. O assunto é tão sério que desde 2007 a OMS, um órgão da ONU, realiza uma Semana Mundial sobre Segurança no Trânsito. A próxima será em maio. Na última, em 2017, a entidade informou: de 40% a 50% dos motoristas ultrapassam os limites de velocidade. O risco de morrer é de 20%, quando se dirige a 50 km/h, e de 60%, quando se vai a 80 km/h. Na época, a diretora-geral da OMS, a chinesa Margaret Chan, comentou: “A velocidade é o cerne do problema mundial de acidentes no trânsito”.

Dezenas de organizações sociais repudiam a intenção bolsonarista. Em um comunicado na segunda-feira 15, 33 entidades disseram que o plano contraria recomendações nacionais e internacionais e tem o potencial de aumentar a já alta cifra de mortos e feridos nas rodovias. “Se a fiscalização eletrônica até então existente mostrou-se insuficiente para controlar a velocidade excessiva nas estradas, ela deveria ser intensificada e combinada com outras medidas – e não esvaziada”, diz o texto. As entidades chamam atenção para o fato de o risco não ser apenas de motoristas e passageiros, mas dos habitantes de cidades cortadas por rodovias. “Os radares em estradas são, muitas vezes, os únicos dispositivos de fiscalização e redução de velocidade disponíveis para proteger os moradores desses municípios.”

Tão logo chegou à Presidência, o capitão foi à desforra com o moço à esquerda (Foto: Reprodução/Mídia Social)

Entre os signatários do comunicado há muitas associações de ciclistas, um tipo de vítima comum nas estradas. Há ainda a Bloomberg Philantrophies, empresa de filantropia do magnata americano Michael Bloomberg. O empresário foi prefeito de Nova York. Antecedeu Bill de Blasio, aquele que acha Bolsonaro “um ser humano muito perigoso”.

O ex-capitão vai sofrer um pouco para levar adiante um plano que tem tudo para agradar ao núcleo duro de seu eleitorado, jovens brancos e ricos do Centro-Sul que também rejeitam o “politicamente correto”, que gostam de rasgar as ruas a mil, ofender os outros com o “direito” de fazer piada. Um pessoal que deve estar feliz também com a intenção do presidente de dobrar o número de pontos na CNH que leva à perda da carteira. Em 10 de abril, a Justiça mandou o governo continuar, sim, com o projeto de renovação dos atuais radares nas estradas e de implantação de novos. Um despacho da juíza Diana Wanderlei, da 5a Vara Federal de Brasília. Ela deu uma liminar em uma ação popular movida pelo senador capixaba Fabiano Contarato, da Rede. Fixou multa de 50 mil reais por dia contra o governo, em caso de desobediência. E marcou para 30 de abril uma audiência com autoridades federais, para conhecer as justificativas, antes de assinar uma sentença definitiva.

Quer outra do “homem mau”? Bolsonaro proibiu fiscais do Ibama de destruir equipamentos usados na Amazônia por madeireiras e garimpeiros ilegais. Na sexta-feira 12, ele foi ao Amapá e ouviu uma história contada pelo senador Marcos Rogério, do DEM de Rondônia. Exploradores da Amazônia nas cidades de Cujubim, localizada ao lado de uma floresta nacional (do Jamari), e Espigão D’Oeste, ambas em Rondônia, haviam tido maquinário inutilizado. A fiscalização ambiental costuma destruir quando os equipamentos estão nas profundezas da floresta e a logística para tirá-los dali é difícil e cara. Segundo a Folha de S.Paulo, ninguém havia ido à Justiça se queixar da destruição. Dentro do avião presidencial, Bolsonaro gravou um vídeo ao lado de Rogério. “Não é para queimar nada: maquinário, caminhão, tratores, seja lá o que for”, disse.

Bolsonaro foi garimpeiro no passado, e ainda gosta da atividade. Em 2017, contou à Folha que costumava praticar na Bahia, nas férias. “O garimpo, de vez em quando, eu pratico ainda. Não causo nenhum crime ao meio ambiente. O garimpo é um negócio que está no sangue das pessoas.” Às vezes, essas pessoas têm sangue nas mãos. Serra Pelada, o maior garimpo a céu aberto do mundo nos anos 1980, fica no município de Curionópolis, no Pará. O batismo da cidade é “homenagem” ao major Sebastião Curió, assassino confesso de brasileiros na ditadura que Bolsonaro mandou os quartéis festejarem. Hoje coronel aposentado, Curió mandou por ali e no garimpo naquele tempo. Curionópolis emancipou-se em 1988, ano em que Bolsonaro deixou o Exército por ter planejado explodir bombas no Rio como protesto por aumento salarial. E assim começou a carreira política, eleito vereador naquele ano: a defender mais grana para as Forças Armadas.

Pesca em local proibido

O ex-capitão, que era apenas tenente ao se eleger vereador (foi promovido automaticamente ao dar baixa do quartel), não dá bola para o meio ambiente. Até pesca em lugar proibido. Em janeiro de 2012, foi multado por um fiscal do Ibama por pescar em uma área protegida em Angra dos Reis, a Estação Ecológica de Tamoios. Uns dias depois, subiu à tribuna da Câmara para reclamar do fiscal que o multara. “Esse cidadão aqui, repito o nome dele, José Augusto Morelli, falou: ‘Sai! Aqui, ninguém pode pescar, seja deputado ou não…’ Fui obrigado a responder no mesmo tom, adjetivando o senhor Morelli.” E avisou: “Eu vou pescar no Carnaval lá. E não venham com ignorância, porque o bicho vai pegar”.

Ao assumir a Presidência, foi à forra. Morelli foi demitido no fim de março. Funcionário de carreira do Ibama desde 2002, era chefe do Centro de Operações Aéreas. “Vingança pessoal” de Bolsonaro, disse ele à Agência Pública. A vingança foi operada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que empregou o que aprendeu na faculdade de Direito para defender o chefe. Segundo ele, o fato de Bolsonaro estar com uma vara na mão em um barco não era prova de que estivesse a pescar. Um autoritário, esse ministro.

Recentemente, foi a um evento no Rio Grande do Sul do ICMBio, mais conhecido como Instituto Chico Mendes, e não viu os servidores do órgão, todos envergonhados. A agenda ambiental e indígena é o “maior retrocesso” do atual governo, diz Marina Silva, ex-ministra da área. A falta de plateia enfureceu Salles. Ele mandou abrir processo administrativo contra os servidores do ICMBio. O veterinário Adalberto Eberhard pediu demissão do comando do órgão.

Salles não é o único digno de pertencer à equipe do “homem mau”. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, é outro. Foi acusado de ameaça de morte. Quem se disse ameaçada foi a deputada federal Alê Silva, do PSL mineiro. Antonio é o chefe do partido em Minas e está às voltas com denúncias de ter montado um laranjal na eleição de 2018 e de ter usado esse laranjal para escoar verba pública até os cofres de empresas ligadas a assessores. É investigado pela Polícia Federal. Alê relatou à PF, em 10 de abril, a ameaça. “Ele estava com ódio mortal de mim”, afirmou ao Globo. Segundo o ministro, sua acusadora tenta na verdade conseguir mais espaço partidário em Minas.

O ministro do Turismo ameaça de morte os desafetos (Foto: José Cruz/ABR)

A propósito desse tipo de história, Bolsonaro foi assaltado nos anos 1990. Levaram dele a moto e um revólver. Ao Roda Viva, em julho de 2018, vésperas da campanha, falou sobre o caso. “Eu estava em uma motocicleta, fui rendido, dois caras, um desceu e me pegou por trás, o outro pela frente”, disse. “Dois dias depois, juntamente com o 9º batalhão da Polícia Militar, nós recuperamos a arma e a motocicleta e, por coincidência, não é?, o dono da favela lá de Acari, onde foi pega (a moto)… foi pego lá, lá estava lá, ele apareceu morto, um tempo depois, rápido.” Coisa de milícia? Dias atrás, soube-se que Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, vereador no Rio, empregou de 2008 a 2010 o ex-marido da atual mulher de Fabrício Queiroz. Este é aquele sumido ex-PM amigo do clã Bolsonaro e de milicianos, ex-funcionário de Flávio, o primogênito do ex-capitão.

Aumento para os militares

Com gente fardada até que o presidente é capaz de mostrar coração. No esboço do orçamento de 2020, aquele sem ganho real do salário mínimo, há uma única previsão de aumento. É para os militares. Para o funcionalismo público civil, nada. Bolsonaro e Guedes querem reduzir o tamanho do governo. Há um mês, o presidente propôs ao Congresso uma lei de reestruturação dos ganhos nas Forças Armadas. Uma decisão que o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse ser ansiosamente esperada desde 2015, conforme um depoimento recente na Câmara. Nessa reestruturação haverá adicional para cada curso feito pelo militar, um extra para ele ficar à disposição dos quartéis (espécie de FGTS) e o dobro de ajuda de custo para quem entrar na reserva (8 salários, não mais 4). O custo disso para os contribuintes: 86 bilhões de reais em dez anos.

“Bolsonaro é militar, poderia faltar pressão para propor uma nova lei de remuneração dos fardados?”, comenta um general de pijama

A atual lei de remuneração dos militares é de 2000. Alterações nela eram estudadas desde o governo Lula e quase vingaram com Temer, diz um general aposentado. No Congresso, há quem chame de “escárnio” Bolsonaro mandar a proposta salarial juntamente com mudanças na aposentadoria dos milicos. A economia com as mudanças será de 97 bilhões de reais em uma década, resultado da cobrança de 14% em contribuições de pensionistas, alunos, soldados e cabos, hoje isentos. No fim das contas, o sacrifício da caserna será de 10 bilhões em 10 anos, 1% daquilo que o governo espera economizar com a reforma da Previdência dos trabalhadores atendidos pelo INSS e dos servidores públicos civis, 1 trilhão de reais. Embora o prejuízo com militares inativos seja de 40 bilhões por ano, o equivalente a 25% do déficit do INSS. “O Bolsonaro é militar, você acha que não ia haver pressão para ele propor uma nova lei de remuneração dos militares?”, diz o general aposentado.

Pressão para pegar leve na mudança nas aposentadorias nos quartéis também. Quando, em agosto de 2018, deixou o comando do Clube Militar, que reúne o pessoal da reserva, para entrar na campanha de Bolsonaro, o general Augusto Heleno, hoje chefe do GSI, o órgão de inteligência do governo, soltou uma nota em defesa do apoio da classe ao candidato. Um dos seus argumentos foi: “Alckmin é declaradamente contra nós (já declarou que Bolsonaro como parlamentar só cuidou dos interesses dos militares). Seu objetivo é nos incluir, imediatamente, na vala comum da Previdência.”

“Bolsonaro sempre foi uma espécie de sindicalista ligado aos militares, portanto, é até natural que ele tenha realizado esse plano logo no início do governo. E isso tem, sim, um fator de peso para a adesão deles (ao candidato e ao governo)”, afirma o antropólogo Piero Leirner, da Universidade Federal de São Carlos, autor do livro Antropologia dos Militares. Para Leirner, a vitoriosa campanha eleitoral de Bolsonaro usou táticas de guerra, através da desorientação da opinião pública, a partir do uso das redes sociais da web, como o WhatsApp, sem um comando central, para que, se houvesse falha em alguma rede, as demais continuassem a funcionar. Uma “guerra híbrida”, segundo o professor, que só pode ter sido empregada com estratégia e inteligência militares.

Certíssimo, portanto, Bolsonaro ter antecipado a comemoração do Dia do Exército de 19 para 17 de abril, a fim de não coincidir com a Sexta-Feira Santa. Tem muito a agradecer à turma.

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