Bolsonaro nomeia ministro e assessor para integrar Comissão de Ética

Célio Faria Junior e João Henrique Freitas terão mandato de três anos e não poderão ser demitidos por Lula

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: CAIO GUATELLI/AFP

Apoie Siga-nos no

Faltando 40 dias para acabar o seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro designou dois auxiliares que atuam no Palácio do Planalto para cargo na Comissão de Ética Pública, com mandato de três anos e que não poderão ser demitidos pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando ele assumir.

Atual ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Junior, e João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência, tiveram a nomeação assinada pelo presidente na última sexta-feira. O decreto com o nome dos dois foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Faria Junior é um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Ex-assessor parlamentar da Marinha, ele foi chefe do gabinete presidencial nos primeiros anos de governo e alçado ao cargo de ministro na última reforma ministerial.

Freitas, por sua vez, é o chefe da Assessoria Especial de Bolsonaro, grupo de auxiliares que também trabalham diretamente com o presidente.

A Comissão de Ética é vinculada à Casa Civil e tem entre suas atribuição investigar a conduta de agentes públicos em cargos da alta administração do Executivo. O órgão é acionado por alguém que pede a apuração de algum fato ou mesmo de ofício, sem que seja acionado por ninguém. Se a comissão entende que há algum tipo de infração ética por um funcionário público em casos em análise, pode aplicar uma advertência e até recomendar a demissão. Nestes casos, cabe ao presidente da República aceitar ou não aceitá-la.

No início do mês, por exemplo, a comissão decidiu aplicar uma censura ética ao ex-presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo pela suposta prática de assédio moral, discriminação de religiões, de lideranças de religiões africanas e manifestações indevidas nas redes sociais durante o período que comandou o órgão.


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.