Política

Bolsonaro não vai à coletiva após reunião tensa com governadores

Todos os governadores do País se reunirão, sem o presidente, em uma chamada online para debater sobre o coronavírus

(Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás em uma participação que faria, na tarde desta quarta-feira 25, em uma coletiva de imprensa feita para detalhar como foi a conversa com governadores do Sudeste nesta manhã.

O encontro ocorreu um dia após um pronunciamento do presidente, feito em rede nacional, que contestou as medidas tomadas por estados como São Paulo e Rio de Janeiro referentes à medidas de isolamento social e fechamento de comércio.

Como observado em vídeos e manifestações dos apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais, a reunião não acabou muito bem. O presidente classificou o governador João Doria (PSDB-SP) como um “demagogo” e acusou-o de estar pensando nas eleições de 2022 ao criticar sua fala na noite anterior.

Em coletiva posterior, Doria anunciou que se reuniria virtualmente com todos os governadores do País às 16h, sem o presidente, para debater como prosseguir no combate à epidemia de coronavírus no Brasil. Na ocasião, chegou a dizer que veria, com os jornalistas, a coletiva do presidente da República – mas logo anunciou que havia recebido a informação de que a participação de Bolsonaro estava cancelada.

Hoje, além de Doria, Bolsonaro recebeu mensagens críticas de diversos políticos – incluindo antigos aliados, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Explicitamente apoiador de Bolsonaro ao longo de sua candidatura e de seu tempo no governo, Caiado, que é médico, citou uma frase do ex-presidente americano e democrata Barack Obama para criticar o presidente: “Na política e na vida, a ignorância não é uma virtude”.

Na noite de ontem, terça-feira 24, o pronunciamento de Bolsonaro foi composto inteiramente de desencontros com as orientações dadas pelo próprio Ministério da Saúde, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com as ações adotadas nos países mundo afora, incluindo China, Itália e Estados Unidos.

Nesses países, há ampla divulgação de que o isolamento social é a melhor forma de conter o avanço das infecções pela população, consequentemente atingindo menos pessoas vulneráveis e do grupo de risco.

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