Bolsonaro não reformará ministérios e manterá Weintraub, diz Onyx

O presidente está 'muito satisfeito' com o desempenho de todos os ministros, disse o chefe da Casa Civil

Bolsonaro não tem razões para reformar ministérios, afirma Onyx Lorenzoni. Foto: Marcos Corrêa/PR

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O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, descartou a possibilidade de que o presidente Jair Bolsonaro encaminhe uma reforma ministerial, contrariando rumores gerados a partir do esvaziamento de sua pasta. As declarações ocorreram em entrevista à rádio Gaúcha.

Em 30 de janeiro, Bolsonaro anunciou a transferência do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que saiu da Casa Civil e foi para as mãos de Paulo Guedes, no ministério da Economia. Apesar de a medida representar um enfraquecimento da pasta de Lorenzoni, o ministro rejeita a viabilidade de uma reforma ministerial.

“Na nossa conversa de sábado (1), eu abordei esse assunto com ele [Bolsonaro]. Ele foi muito firme em me dizer ‘Não quero mudar ninguém, não tenho nenhuma razão para mudar nenhum ministro, eu estou satisfeito com o desempenho de todos’. Eventualmente pode ter, claro, uma questão aqui, uma questão acolá. Isso é normal, em equipes tem divergências. Agora, ele está plenamente satisfeito com a equipe”, afirmou.

Lorenzoni disse ainda que Bolsonaro não pretende demitir o chefe da pasta da Educação, Abraham Weintraub. O ministro se envolveu em uma intensa crise após a descoberta de erros na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que provocou especulações sobre possível exoneração.

 

“Não, não vai ser substituído, não. Eu tomei um café há pouco, com o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia, conversamos muitas coisas sobre esse assunto. Eu marquei um almoço amanhã com o ministro da Educação. Eu acho que vamos conseguir levantar uma bandeira branca aí”, disse Lorenzoni.


Ele ainda disse que as posições ideológicas de Weintraub geram conflitos, mas considerou que o efeito é “natural”.

“O ministro Abraham tem um conteúdo ideológico forte, isso é que está fazendo algumas reações, mas isso é normal e natural. Nós somos um governo de direita, nós somos um governo que é conservador. Nós somos uma aliança conservadora-liberal, nos orgulhamos disso e defendemos isso. Muito dos nossos posicionamentos, às vezes, são interpretados equivocadamente”, declarou.

Lorenzoni antecipou o fim das suas férias na sexta-feira 31 após o esvaziamento das funções da Casa Civil e a demissão de seu secretário-executivo, Vicente Santini. Na semana passada, Santini foi exonerado por viajar com duas assessoras em um voo exclusivo num avião da Força Aérea Brasileira (FAB), da Suíça para a Índia.

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