O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a Amazônia neste sábado 17, durante cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende-RJ. Em seu discurso aos cadetes, destacou que “outros países” tentam ganhar a “guerra da informação” para tirar do Brasil a soberania sobre a “rica e cobiçada” região.
Embora não tenha citado nomes, a declaração é uma clara referência à Noruega e Alemanha, que, nesta semana, anunciaram o congelamento no repasse de verbas para a preservação ambiental da região e combate ao desmatamento.
“Vocês (militares), daqui sairão para os quatro cantos deste nosso querido Brasil, levar sangue novo a este povo. Em especial aqueles que irão para a nossa rica e cobiçada Amazônia. Nós temos compromisso com este pedaço de terra mais rico e sagrado do mundo. Não é à toa que outros países cada vez mais tentam ganhar a guerra da informação para que nós venhamos a perder a soberania sobre essa área”, declarou.
Horas antes, Bolsonaro já havia abordado o assunto em sua conta no Twitter. Em post publicado pouco depois das 8h30 da manhã, compartilhou um vídeo com discurso do ex-deputado Enéas Carneiro (Prona) sobre o interesse de outras nações nas riquezas nacionais e comentou que o Brasil foi “transformado num anão em suas relações internacionais” durante os últimos 22 anos.
– Nos últimos 22 anos (1995 a 2016) o Brasil foi saqueado e transformado num anão em suas relações internacionais. Enéas Carneiro, Sargento do Exército e Médico, nos dá a certeza da urgência de nos preocuparmos com a rica e cobiçada Amazônia. pic.twitter.com/AInqHtMb7H
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 17, 2019
Argentina
O presidente abordou ainda, em seu discurso nas Agulhas Negras, a questão política na Argentina, que passa por um processo eleitoral para escolher o próximo presidente do país.
“A nossa missão é não deixar o Brasil se aproximar de políticas outras que não deram certo em nenhum lugar do mundo. Peçamos a Deus, neste momento, que a nossa querida Argentina, mais ao Sul, saiba como proceder, através do seu povo, para não retroceder. A liberdade não tem preço”, disse.
*Com informações da Agência Brasil
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login