O presidente Jair Bolsonaro decidiu enviar o vice-presidente Hamilton Mourão para a cerimônia de posse do presidente eleito na Argentina, Alberto Fernández. A solenidade ocorrerá nesta terça-feira 10.
Assim que Fernández venceu nas urnas, em 27 de outubro, Bolsonaro anunciou que quebraria a tradição diplomática de 17 anos entre os dois países e não compareceria à posse presidencial do presidente eleito. Em seguida, anunciou que o ministro da Cidadania, Osmar Terra, ficaria encarregado de representar o Brasil no evento.
Posteriormente, Terra foi descartado e o Palácio do Planalto chegou a cogitar não enviar ninguém. Em seguida, o Ministério das Relações Exteriores informou que o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Sérgio Danese, seria o representante brasileiro na cerimônia.
A relação entre Bolsonaro e Fernández é tensa desde que o peronista estava em campanha. Em 12 de agosto, durante visita ao Rio Grande do Sul, Bolsonaro chegou a dizer que, se Fernández fosse eleito, argentinos fugiriam para o Brasil. Dois dias depois, em discurso no Piauí, o presidente brasileiro chamou Fernández e Cristina de “bandidos de esquerda”.
Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro afirmou que “a Argentina escolheu mal” ao alçar o peronista à Casa Rosada. O presidente também não cumprimentou o presidente vizinho após a vitória, uma praxe entre os líderes da América do Sul.
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