Política
Bolsonaro endossa discurso dos EUA e diz que Soleimani não era general
O presidente disse ainda que o impacto sobre o preço dos combustíveis ‘não foi grande’


O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar, nesta segunda-feira 6, sobre a crise entre os EUA e o Irã. O capitão se alinhou ao discurso de Donald Trump e afirmou que o general iraniano Qassem Soleimani, morto pelos EUA, na verdade não era um general. A justificativa dos EUA para matar o militar foi que Soleimani era um terrorista.
A declaração foi feita na saída do Palácio da Alvorada quando Bolsonaro foi questionado pelos jornalistas sobre o preço do combustível. “Reconheço que o preço [dos combustíveis] está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, do general lá que não é general e perdeu a vida, não houve. O impacto não foi grande. Foi 5%, passou para 3,5%”, disse.
O presidente disse ainda que a tendência é que o preço do combustível se estabilize. “Não sei quanto está hoje a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a tendência é estabilizar”, afirmou.
E não foi só Bolsonaro que se alinhou a Trump. O Ministério das Relações Exteriores defendeu uma luta global contra o terrorismo e disse, por meio de uma nota, que o Brasil está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos”.
Ainda segundo a nota do Itamaraty, o país “acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo”, preocupação também demonstrada pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista.
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