Política

Bolsonaro é subestimado nas pesquisas para favorecer Alckmin?

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Suspeita circula no MDB e no “mercado”. Empresa diz ter medido performance superior do pré-candidato na comparação com levantamentos de institutos [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text] A eleição presidencial deste ano é a mais imprevisível desde a de 1989, motivo de no “mercado”, reduto dos endinheirados, circularem pesquisas […]

Datafolha e Ibope: Bolsonaro tem 16% das intenções de voto, atrás só de Lula (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
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Suspeita circula no MDB e no “mercado”. Empresa diz ter medido performance superior do pré-candidato na comparação com levantamentos de institutos

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A eleição presidencial deste ano é a mais imprevisível desde a de 1989, motivo de no “mercado”, reduto dos endinheirados, circularem pesquisas paralelas, encomendadas por interessados em ter o máximo de dados para traçar prognósticos. Em breve, por exemplo, o instituto Ipsos fará enquetes diárias para que a Eurasia Group, uma consultoria política internacional, prepare análises para dez grandes clientes brasileiros, algo inédito na história da consultoria por aqui.

Uma empresa que resolveu ganhar dinheiro com a prática de enquetes tem medido resultados muito diferentes de institutos tradicionais. Ela contrata enquetes próprias para vender a clientes dias antes da divulgação de alguma pesquisa de instituto famoso. Com a enquete à mão, o comprador imagina o que provavelmente será visto no Datafolha e no Ibope e pode ganhar dinheiro especulando com o dólar ou na bolsa.

Na enquete comercializada em abril por esta empresa, Jair Bolsonaro tinha cinco pontos percentuais a mais do que os 16% medidos recentemente por Datafolha e Ibope. Para esta empresa, o deputado foi desidratado propositalmente para que Geraldo Alckmin, outro presidenciável do campo da direita, possa respirar.

As suspeitas da empresa teriam, inclusive, chegado ao MDB de Michel Temer.

Nas últimas pesquisas de Datafolha e Ibope, o presidenciável da extrema-direita está atrás só de Lula. Ambas foram às ruas em um período parecido. O Datafolha ouviu as pessoas de 11 a 13 de abril, por encomenda da Folha de S.Paulo, que pagou 398 mil reais pelo serviço e divulgou o resultado em 15 de abril. O Ibope foi a campo de 20 a 23 de abril, contratado por 90 mil reais pela Band, que divulgou o resultado em 24 de abril.

A única diferença entre os levantamentos é que o Datafolha fez entrevistas em todo o País e o Ibope, apenas no estado de São Paulo.

Um economista de uma das grandes consultorias do “mercado” em São Paulo contou à reportagem que, recentemente, viu duas pesquisas para consumo de endinheirados e que ambas mostravam Bolsonaro acima dos 16%. Uma tinha sido feita em São Paulo e a outra, no Rio Grande do Sul.

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Um outro economista do “mercado” ouvido por CartaCapital disse não acreditar em manipulação, pois não seria fácil institutos combinarem de maquiar dados ao mesmo tempo. Para ele, contudo, no “mercado” já começa a cair ficha de que Alckmin não tem chance, pois o eleitorado não quer um presidente identificado com as reformas impopulares do governo Temer.

Na última pesquisa conhecida, do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que pagou 179 mil reais pelo serviço, Alckmin tinha 4%. Esse levantamento foi feito de 9 a 12 de maio e tornado público na segunda-feira 14. No anterior, de março, Alckmin tinha 6,4%. Só ele caiu mais do que a margem de erro, de 2,2 pontos.

No novo levantamento, Bolsonaro também aparece com 16%, igual ao Datafolha e ao Ibope.

De qualquer forma, parece haver algo estranho no mundo das pesquisas, a julgar pelo que disse a diretora-executiva do Ibope, Marcia Cavallari, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo da segunda-feira 14. Ela estranha a quantidade de pesquisas na praça. “Não se sabe que interesse haveria em um instituto ficar gastando seus recursos com pesquisas. É um indício de algo esquisito.”

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