Bolsonaro diz que Ustra tratava presos políticos com dignidade

Coronel foi acusado de cerca de 70 mortes e desaparecimentos, segundo dados da Comissão Nacional da Verdade

O presidente da República, Jair Bolsonaro, com livro de torturador da ditadura militar. Foto: Reprodução/YouTube

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O presidente Jair Bolsonaro, admirador da ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985, disse neste sábado 19 que o ex-chefe de um centro de prisão e tortura do regime tratou os presos políticos “com toda a dignidade”.

 

 

“Não era preso político, não, [os] terroristas eram tratados no DOI-Codi [o centro de detenção da ditadura] de São Paulo com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, disse em uma entrevista realizada por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, no YouTube.

Bolsonaro referia-se ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe da repressão na metrópole no início dos anos 1970 e acusado de cerca de 70 mortes e desaparecimentos, segundo dados da Comissão Nacional da Verdade.


Bolsonaro reivindica a herança repressiva e chegou a lamentar que o número de mortos tenha se limitado aos 434 oficialmente reconhecidos.

 

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