Política

Bolsonaro diz que se médicos cubanos fossem bons, teriam salvado Hugo Chávez

Presidente fez críticas a profissionais de Cuba durante cerimônia de lançamento de programa substituto do Mais Médicos

Foto: Marcos Corrêa/PR
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lançou nesta quinta-feira 1 o programa Médicos pelo Brasil, que substituirá o Mais Médicos, criado no governo de Dilma Rousseff, em 2013. O novo projeto quer abrir 18 mil vagas e um plano de carreira para os profissionais.

Os médicos poderão ganhar até 21 mil reais no primeiro ano de trabalho, valor que pode chegar a 31 mil posteriormente. O governo promete alcançar 4.823 municípios no primeiro ano, número que deve aumentar de acordo com a demanda.

A incorporação dos cerca de 1,8 mil médicos cubanos que permaneceram no País, após o fim do acordo com o governo de Cuba, não está cogitada para o Médicos pelo Brasil. Na cerimônia de lançamento, Bolsonaro fez críticas aos profissionais cubanos.

“Eu tinha uma preocupação enorme com a questão ideológica, porque eu conhecia o que estava sendo tramado naquele momento. Não era a vida dos brasileiros. Mas o que era vendido aqui era uma coisa completamente diferente. Se os cubanos fossem tão bons assim, teriam salvado a vida de Hugo Chávez. Não deu certo, deu azar”, disse o presidente, em tom de deboche. Chávez morreu de câncer, após passar por tratamento em Cuba. “Se os cubanos fossem tão bons assim, Dilma e Lula teriam aqui, no Planalto, cubanos, e não brasileiros.”

Segundo o Ministério da Saúde, o Mais Médicos tinha problemas como “processo seletivo frágil, vínculo precário, médicos sem supervisão, cadastros com inconsistências e a definição controversa de município prioritário”.

O governo anuncia que realizará a contratação dos profissionais pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Até então, os contratos eram temporários, de até três anos. Ainda não há data para a primeira seleção de médicos.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou também que o programa Mais Médicos não será anulado de imediato e que o governo aderirá ao novo projeto gradualmente. A expectativa é de que este processo finalize em 2020.

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