Bolsonaro diz que quer voltar a Juiz de Fora, onde foi alvo de facada: ‘Marcou minha vida’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que pretende retornar neste ano à cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde foi vítima de uma facada em 6 de setembro de 2018, durante a campanha eleitoral que o elegeu para o 1º mandato no Planalto.

Em cerimônia no município de João Pinheiro (MG), nesta quinta-feira 14, Bolsonaro disse aos ministros Marcos Montes (Agricultura) e Célio Faria Júnior (Secretaria de Governo) que tem a “dívida” no estado mineiro de voltar à cidade.

“Meus amigos de Minas Gerais, muito obrigado por mais esse momento. Eu tenho uma dívida aqui, Marcos Montes e ministro Célio. Eu quero voltar a Juiz de Fora ainda no corrente ano. Ali, aquela cidade marcou a minha vida”, afirmou o presidente.

Na sequência, o ex-capitão homenageou os funcionários do hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, responsáveis pelo seu atendimento imediato antes de ser transferido ao Hospital Albert Einstein em São Paulo.

“Boas lembranças lembranças tenho em boa maioria daquele local. Ali, os médicos e profissionais de saúde da Santa Casa salvaram a minha vida. Ali, despontou uma pessoa que, mais do que jurada a vida pela sua pátria, tudo fará também pela nossa liberdade”, acrescentou.

Bolsonaro participava de uma solenidade de entrega de títulos de terras a famílias de Minas Gerais. Na ocasião, fez uma série de críticas aos governos petistas e enalteceu a própria gestão.

O chefe do Planalto chegou a mencionar a situação de segurança alimentar no Brasil, sem citar a alta nos índices da população com fome no País.

“Quando se fala em agronegócio, isso está ligado diretamente à segurança alimentar. Todos os países do mundo buscam a segurança alimentar. E o Brasil, hoje em dia, tem a sua e garante para muitos outros países do mundo essa segurança alimentar também”, declarou. “Temos problemas? Temos. Mas temos um governo que tem a capacidade de se antecipar a problemas futuros.”

Ao fim de 2021, o instituto Datafolha mostrou que 89% da população avaliam que a fome no Brasil aumentou. Além disso, o levantamento indicou que a falta de comida afeta quase 40% de pessoas com renda de até dois salários mínimos. Pelo menos 26% dos brasileiros relataram o mesmo problema.

No início do ano passado, o relatório Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil, da Rede Penssan, havia apontado a marca de 116,8 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar, ou seja, com falta de acesso à quantidade suficiente de comida para a sobrevivência.