Política

Bolsonaro diz que o preço do ovo também aumentou: “É a lei da oferta e da procura”

Presidente disse que os valores devem ser normalizados a partir do fim de dezembro

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira 16, que o preço do ovo também subiu, após itens da cesta básica também apresentarem alta nos últimos dias. Conforme adiantou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na semana passada, o governo vai manter a decisão de não interferir na economia para reduzir os valores.

“Aumentou o preço do ovo também, né”, disse o presidente a apoiadores, de saída do Palácio da Alvorada, em Brasília. “É a lei da oferta e da procura. É igual o arroz, a partir do final de dezembro começa uma colheita grande de arroz. Daí normaliza o preço. O que eu não posso é começar a interferir no mercado.”

Em seguida, Bolsonaro afirmou que, se o governo interferir na economia, “o material some da prateleira, o que é pior”.

Na terça-feira 15, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também ofereceu o mesmo argumento para justificar a escalada do arroz: “aquecimento de demanda”. De acordo com Guedes, na verdade, os sinais são bons, porque os preços que subiram são relativos aos itens comprados pelos mais pobres, como impacto do auxílio emergencial.

De acordo com estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na segunda-feira 14, o cenário inflacionário de agosto foi marcado por uma aceleração de preços maior, especialmente para a classe de renda mais baixa, quando comparada ao segmento mais rico da população.

No mês passado, enquanto as famílias mais pobres apontou alta de 0,38% na inflação, os mais ricos apresentaram o percentual de 0,1%. A pressão é evidenciada nos preços dos alimentos, que pesam mais na cesta de consumo das famílias mais pobres. O subgrupo de alimentos e bebidas contribuiu com 0,2% para a inflação entre os mais pobres, contra 0,05% dos mais ricos.

Boa parte do aumento desses preços recaiu, no acumulado de 2020, em itens como arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).

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