O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro utilizava o cartão de crédito de uma amiga por não ter ‘limites de crédito disponíveis’. A resposta foi dada pelo ex-capitão à coluna de Rodrigo Rangel, no site Metrópoles.
“A primeira dama utilizou o cartão adicional de uma amiga de longa data. A utilização se deu porque a Michelle não possuía limites de créditos disponíveis. A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos”, respondeu o ex-presidente.
Há suspeitas de que o principal ajudante de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, operava uma espécie de caixa 2, com recursos em espécie, para pagar contas pessoais de Michelle Bolsonaro e seus familiares.
A investigação corre no STF sob o comando do ministro Alexandre de Moraes. Investigadores que atuam com Moraes identificaram saques e pagamentos feitos por Cid e homens de sua equipe na agência do Banco do Brasil localizada dentro do palácio presidencial. O levantamento foi possível a partir de quebras de sigilo autorizadas pelo ministro.
A fatura do cartão de Rosimary Cardoso Cordeiro foi uma das contas que o ajudante de ordens de Bolsonaro pagou em dinheiro vivo, em agência do Banco do Brasil dentro do Palácio do Planalto.
Segundo a apuração, que está a cargo da Polícia Federal, parte dos recursos era proveniente de cartões corporativos do governo, inclusive de unidades militares.
Também à coluna Bolsonaro negou que tenham sido feitos saques do cartão corporativo, que chega a mencionar como ‘cartão corporativo pessoal’. “Nunca foram feitos saques do cartão corporativo pessoal que ficava nas mãos dos ajudantes de ordens, bem como nunca se utilizaram do mesmo”, respondeu o ex-capitão, que ainda negou movimentação em cartões de organizações militares.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login