Bolsonaro diz que manifestações no Chile são ‘atos terroristas’

O presidente afirmou estar em conversa com o Ministério da Defesa para que as tropas garantam a ordem, caso o Brasil tenha situação parecida

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O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta sexta-feira 25, em Pequim, que as manifestações no Chile são “atos terroristas”. O país vive uma onde de protestos desde o dia 18, quando o governo anunciou um reajuste na tarifa do metrô medida que, posteriormente, foi suspensa. O recuo do governo, no entanto, não foi capaz de arrefecer os ânimos da população.

No sábado, o presidente do Chile, Sebastián Piñera decretou estado de emergência, depois que a revolta pelo aumento do metrô impulsionou outras demandas sociais e foram vistos saques em supermercados e empresas e fogo em estações do metrô. Na terça feira, 22, Piñera pediu desculpas pela sua falta de visão de antecipar a crise que assola o país e anunciou um pacote de medidas sociais,  como renda mínima garantida – com o Estado complementando em 15% os salários mais baixos, para elevá-los a 350 mil pesos (486 dólares) quando o valor recebido for inferior,  criação de um mecanismo de estabilização dos preços da energia elétrica, que teve alta recente de 9,2% e ainda um seguro para a compra de medicamentos, em um país onde os gastos com saúde das famílias se situam entre os mais altos dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

O país passou pelo sexto toque de recolher na quinta-feira, decretado pelas Forças Armadas. Desde o início da crise, 18 pessoas morreram.

Ainda sobre o caso chileno, Bolsonaro também afirmou estar em conversa com o Ministério da Defesa para caso o Brasil venha a ter episódios similares.  “As tropas tem que estar preparadas para fazer a manutenção da lei e da ordem”, declarou.


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