Política
Bolsonaro deve anunciar diretor da Abin como chefe da PF, diz jornal
Atual diretor-geral da Abin parece ter sido escolhido por Bolsonaro para assumir a Polícia Federal – mas nada foi oficializado ainda


Poucas horas depois de confirmar a saída de Maurício Valeixo e ver o ministro Sergio Moro pedir demissão por isso, o presidente Jair Bolsonaro já parecia ter um substituto para o comando da Polícia Federal: Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, até a noite de sexta-feira 24, Ramagem era o nome escolhido para ocupar a vaga. Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, chegou a ser cotado para o cargo, mas está mais perto de assumir o Ministério da Justiça ou da Segurança Pública, caso Bolsonaro decida separar as pastas.
Comandante da segurança pessoal de Bolsonaro após o atentado sofrido por ele durante campanha eleitoral em 2018, Ramagem é delegado de carreira e homem de confiança de Bolsonaro e seus filhos. Apesar das especulações, nenhum nome foi oficializado para as vagas abertas até o momento da publicação desta matéria.
Freixo quer impedir nomeação
Diante do surgimento do nome de Ramagem para assumir a Polícia Federal, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) decidiu entrar na Justiça para impedir que o ex-chefe da segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, que também é homem de confiança dos filhos do presidente, assuma o cargo.
“Jair quer transformar a PF em uma polícia política a serviço do clã. Não vamos deixar”, escreveu Freixo em suas redes sociais, neste sábado 25.
https://twitter.com/MarceloFreixo/status/1254047072732557314
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.