Bolsonaro defende Moro e diz que não vê maldade nas mensagens

'Do outro lado, havia doleiros, empreiteiros, e poucos políticos que não têm qualquer compromisso com a honestidade', afirmou o presidente

Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro declarou que não vê maldade na troca de mensagens entre o então juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, e os procuradores da operação, entre eles Deltan Dallagnol. Também afirmou que o afastamento do atual ministro da Justiça e Segurança Pública não foi pensada em nenhum momento.

As afirmações foram feitas nesta sexta-feira 14 durante um café da manhã com jornalistas, em que o presidente também anunciou a demissão do presidente dos Correios por considerá-lo sindicalista.

Para defender Moro, o presidente declarou “do outro lado, havia doleiros, empreiteiros, e poucos políticos que não têm qualquer compromisso com a honestidade”.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Moro também disse que não vai se afastar do cargo, que é vítima de um ataque criminoso de hackers e que vê viés político-partidário na divulgação das mensagens. Ele acusa o site The Intercept Brasil de não lidar com transparência diante o conteúdo, que vem sendo publicado em partes.

Para ele, não há ilicitude nas trocas de mensagens, mas um “sensacionalismo”. “Estou absolutamente tranquilo em relação à natureza das minhas comunicações”, declarou.


O ministro deve ir ao Senado no próximo dia 19 de junho prestar esclarecimentos sobre as mensagens divulgadas. “Sempre me pautei pela legalidade e estou me colocando à disposição para esclarecer no que eu posso.” Moro diz não se preocupar com a possibilidade de divulgação de novas mensagens. “Não tem nada ali, foi sensacionalismo barato.”

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.