Bolsonaro debocha de investigações contra o governo: ‘CPI é um palanque’

O presidente voltou a ironizar o trabalho do relator Renan Calheiros (MDB-AL): 'Falastrão'

O presidente Jair Bolsonaro, durante live presidencial. Foto: Reprodução/YouTube

Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro dedicou sua live nesta quinta-feira 13 a uma série de ironias sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que apura as omissões no combate à pandemia do novo coronavírus.

 

 

“CPI é um palanque, né?”, disse o presidente, ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Em seguida, criticou longas falas dos senadores. “Estão lá para aparecer, né?”, continuou, referindo-se a Renan Calheiros (MDB-AL) como “o falastrão do relator”.

Em outra ironia sobre Calheiros, Bolsonaro disse que ele está “meio queimado” na sua região eleitoral, o estado de Alagoas, onde o presidente cumpriu agenda horas antes da live e chegou a chamar o parlamentar de “vagabundo”.


“O relator disse que não faz parte do objetivo da CPI apurar desvio de recursos. É lógico, né Renan? Imagine, você tem uns 17 processos no Supremo, imagine mais um”, afirmou, embora Calheiros responda a nove processos abertos na Corte.

Bolsonaro disse ainda que, caso seja infectado novamente, quer voltar a tomar medicamentos que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19. Sugeriu, ainda, a criação de uma “CPI do Tratamento Imediato”, em alusão a tratamentos com esses remédios.

“Fiz uma proposta hoje, acho que foi para a Carla Zambelli [deputada federal pelo PSL-SP], sugerindo uma CPI na Câmara para a gente investigar o tratamento imediato, outro nome que pode cair a live aqui, o pessoal sabe do que estou falando”, afirmou. “Se eu tiver problema de novo e for reinfectado, eu vou tomar de novo.”

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.