Política

Bolsonaro critica julgamento de chapa no TSE e diz que partidos querem “resolver no tapetão”

O presidente sugeriu ao Tribunal Superior Eleitoral que arquive a investigação. ‘Ficamos preocupados, mas não tem cabimento’, declarou

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O presidente Jair Bolsonaro criticou o julgamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral de ações que pedem a cassação de seu mandato e do vice-presidente Hamilton Mourão. “Com todo o respeito que tenho ao TSE, esse processo deveria ser arquivado”, disse em transmissão ao vivo feita por suas redes sociais nesta quinta-feira 11.

O tribunal retomou a votação do caso na última terça-feira 9, mas a decisão foi adiada pelo pedido de vista feito pelo ministro Alexandre de Moraes, que solicitou mais tempo de avaliação. Não há data para retomada.

Estão sendo julgadas duas ações apresentadas pelas coligações Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV), de Marina Silva, e Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil (PSOL/PCB), de Guilherme Boulos, que apontam suposto abuso na época das eleições.

 

As coligações argumentam que, em setembro de 2018, o grupo virtual “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook, sofreu ataque de hackers com o objetivo de alterar o conteúdo da página. Além de mudança no visual, a página teve o nome alterado para “Mulheres COM Bolsonaro #17” e passou a compartilhar mensagens de apoio aos então candidatos e conteúdos ofensivos, bem como excluir participantes que o criticavam.

O presidente criticou a argumentação apresentada pelas coligações e disse que a página não mudaria os resultados das eleições presidenciais. “Página milagrosa”, ironizou. Também disse que o hacker responsável pela mudança ainda não foi encontrado.

“É a forma desses partidos resolverem no tapetão”, disse o presidente, afirmando que as legendas não aceitaram os resultados das urnas. “Lógico que ficamos preocupados, mas essa ação não tem cabimento”, completou.

Essas ações começaram a ser votadas em 2019 com o voto do relator, Og Fernandes. O ministro se manifestou pela improcedência das ações, isto é, votou contra a cassação da chapa. Na ocasião, o pedido de visto foi feito pelo ministro Edson Fachin; o caso só foi retomado na última terça, com a apresentação do chamado voto-vista de Fachin.

Outras seis ações tramitam no tribunal. Destas, quatro apuram supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral, por exemplo.

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