Política

Bolsonaro chama manifestantes antifascistas de marginais e terroristas

Sobre os protestos dos EUA, o presidente considera que ‘lá o racismo é um pouco diferente do Brasil’

Presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada. Foto: Facebook
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O presidente Jair Bolsonaro chamou os manifestantes que protestam contra o seu governo de marginais e terroristas. A fala foi feita na noite desta terça-feira 02, na chegada do presidente ao Palácio da Alvorada.  “Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [daquele dos protestos nos EUA]. São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado, domingo, fazer movimentos pelo Brasil, em especial, aqui no DF”, disse Bolsonaro, em gravação divulgada por apoiadores.

No último domingo 31, manifestantes pró-democracia foram até a Av: Paulista protestarem contra Boslonaro. A passeata terminou em confusão com a polícia, que dispersou os manifestantes utilizando bombas. O presidente evitou falar sobre o ocorrido, mas na segunda-feira 1 disse a seus apoiadores que eles não deveriam ir às ruas aos domingo,  como fazem todos os finais de semana, já que, no próximo, está marcado um ato contra o fascismo e em oposição ao governo.

“Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile. Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso, no meu entender, é terrorismo. A gente espera que este movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja”, disse Bolsonaro.

Sobre as manifestações antirracistas que se espalharam por diversas cidades nos Estados Unidos depois que um policial branco matou um homem negro, Bolsonaro afirmou que, lá, o racismo é diferente.

“Estados Unidos: lá o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos”, afirmou.

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