Bolsonaro assume tom de campanha e associa o PT a drogas, aborto e ditaduras

Ao discursar em evento com banqueiros e empresários, o presidente retomou declarações usadas nas eleições de 2018, como corrupção e ideologia de gênero

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu o tom contra o PT nesta quarta-feira 23 durante participação em uma vídeoconferência que reuniu banqueiros e empresários. No discurso, o ex-capitão associou os adversários à legalização de drogas e do aborto, a ditaduras, à corrupção e à ideologia de gênero.

“Queria perguntar aos senhores como o Brasil estaria se essas medidas fossem implementadas: revogação do Banco Central, as reformas trabalhista e da previdência”, iniciou o presidente.

“Retornar o imposto sindical, reestatizar empresas, acabar com o teto de gastos, interferir nos preços da Petrobras e da energia, o fortalecimento do MST, campanha para recolher armas, desmilitarização das polícias militares, liberação de drogas, legalização do aborto, reaproximação de Cuba e outras ditaduras pelo mundo”, listou o ex-capitão na sequência.

Ao lado dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro ainda acusou o PT de já ter começado a campanha para as eleições em outubro deste ano.

“O Brasil está polarizado. Apesar de eu não estar em campanha, o outro lado está”, declarou. “Temos um quadro de antecipação eleitoral”.

Bolsonaro ainda disse que o que está em jogo “é a nossa liberdade” ao insinuar que o PT pretende transformar o País em uma ditadura.


“O outro lado defende tudo a isso aí. Há diferença entre nós ou alguns vão dizer que está tudo resolvido? Nossa liberdade está ameaçada ou não? É isso que queremos no Brasil?”, questionou. “A esquerda é sinônimo do atraso e da corrupção”.

 

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