O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, usou uma transmissão ao vivo nas rede sociais nesta sexta-feira 7 para afagar o ex-ministro Sergio Moro, senador eleito pelo União Brasil do Paraná.
Na live, Bolsonaro atribuiu uma queda no número de homicídios no País a “vários fatores”, mas um deles seria a transferência de Marcola, líder do PCC, para um presídio federal, durante a passagem de Moro pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
“Deixo claro que foi uma decisão do Ministério Público de São Paulo, mas os governos anteriores relutaram, não queriam fazer isso aí, temendo alguma coisa, mas nós fizemos. Com quem? Com Sergio Moro, ministro da Justiça, e o Marcola saiu de lá. Não tivemos salve, não tivemos problema. Muito bem preparada essa transferência dele, ele foi surpreendido com essa transferência”, disse o ex-capitão.
Moro declarou, na última terça-feira 4, apoio a Bolsonaro no segundo turno da eleição nacional. Como juiz, ele abriu caminho para a retirada de Lula (PT) da disputa pela Presidência em 2018, ao condená-lo no âmbito da Lava Jato – a sentença seria, anos depois, anulada pelo Supremo Tribunal Federal e Moro teria sua suspeição reconhecida pela Corte.
Após a vitória de Bolsonaro sobre Fernando Haddad (PT), o ex-magistrado serviu ao governo como ministro da Justiça e da Segurança Pública até abril de 2020, quando pediu exoneração e acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal.
Nesta sexta, Bolsonaro também voltou a atacar Lula e afirmou que o eleitor que confiar em declarações do petista “não é cristão”.
“O cristão que aceitar votar num cara desses acreditando que ele vai dar picanha para você, você não é cristão. De jeito nenhum. Você acredita que ele vai dar picanha para você?”
A primeira pesquisa Datafolha sobre o segundo turno, divulgada nesta sexta 7, aponta Lula na liderança com 49% das intenções de voto, ante 44% de Bolsonaro. Os indecisos somam 2%.
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