Política

Bolsonaro: Acham que se eu oferecesse ministério, não estaria tudo resolvido?

Contrariando o discurso de que não houve corrupção em seu governo, Bolsonaro afirmou que houve roubos, apesar da sua gestão

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro questionou, durante live semanal nas redes sociais, se os indiciamentos, propostos pela CPI da Covid no Senado, contra si, aliados e membros do seu governo poderiam ir embora em troca de indicações a cargos no Executivo. Segundo o presidente, os problemas do País são devidos a interesses políticos de certos grupos. Bolsonaro, entretanto, descartou a possibilidade e disse que não incorreria em ato desta natureza.

“Eu saindo daqui resolve o problema? Tem certeza que resolve o problema eu saindo daqui? Resolve o problema da corrupção. Não (teríamos) mais problemas por aí. Os problemas acontecem quando um pessoal ou outro grupo ainda quer se ‘apoderar do poder'”, disse durante transmissão ao vivo nesta quinta-feira 21. Segundo o presidente, o Congresso não faz nada: “o dinheiro é do Executivo”.

“Vocês acham que, se eu oferecesse um ministério para cada um daquela cúpula do G-7 não estaria resolvido tudo? Mas não vou fazer isso. Não vou negociar nada aqui no governo”, completou.

Contrariando o discurso de que não houve corrupção em seu governo, Bolsonaro afirmou que houve roubos, apesar da sua gestão, e sugeriu que a situação seria pior caso seu adversário político no segundo turno das eleições passadas, o PT, tivesse conquistado a Presidência da República. Segundo Bolsonaro, não seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – principal concorrente para a próxima disputa – que resolveria os problemas do País.

“Muitos reclamam da situação do Brasil. Realmente não está fácil viver no Brasil por questão de inflação, mas não temos desabastecimento e temos como cuidar da nossa vida. Não achem que botando um cara desse de volta ao poder vai resolver teus problemas”, disse.

Bolsonaro também voltou a agitar a teoria de fraude eleitoral e destacou, reforçando suposta vontade divina, que não sairá do poder “na canetada ou na mão grande”. Dando continuidade em sua campanha a favor do armamento da população, bandeira de campanha e medida contestada por especialistas, Bolsonaro comparou armas e carros. “Arma mata? Carro também mata”, afirmou.

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