Bolsonaristas dominam debate sobre 7 de setembro no Twitter

Foram contabilizadas 155 mil menções no Twitter ao 7 de Setembro nos primeiros oito dias de agosto

O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, EM SÃO PAULO, NO 7 DE SETEMBRO. FOTO: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados tiveram sucesso em associar o 7 de Setembro deste ano a um ato político em seu apoio. A um mês da data cívica, as menções no Twitter crescem acompanhadas de termos como “Bolsonaro” e “Copacabana” e hashtags sobre as eleições de 2022 – e praticamente ignoram a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Os dados são do Monitor de Redes do Estadão, ferramenta lançada nesta quarta, 10, que acompanha o desempenho dos candidatos nas plataformas digitais.

Foram contabilizadas 155 mil menções no Twitter ao 7 de Setembro nos primeiros oito dias de agosto. Das 30 mensagens mais compartilhadas sobre o assunto, apenas uma não faz referência ao ato convocado pelo presidente em Brasília e na Praia de Copacabana, no Rio. Destas, 23 são favoráveis ao evento.

O levantamento mostra ainda que a palavra “Bolsonaro” é a segunda mais frequente nas publicações referentes à data. Entre os termos mais usados, “bolsonaristas” e “fascismo” foram empregados quase sempre com menções negativas, o que indica mobilização de adversários de Bolsonaro, enquanto “povo” e “Forças (Armadas)” tiveram apelo positivo entre apoiadores do presidente, mostra a ferramenta.

Variação

A popularidade do 7 de Setembro variou ao longo da semana. O dia de maior impacto foi no sábado, 6 de agosto, quando influenciadores bolsonaristas criticaram uma declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, no dia anterior, de que o 7 de Setembro pode mostrar o “tamanho do fascismo no Brasil”.

Já a oposição entrou na pauta principalmente no dia 2, quando deputados e páginas de esquerda repercutiram uma notícia da revista Veja que relatava a suspeita de órgãos de inteligência sobre ataques com viés golpista.

Outros assuntos que mobilizaram os perfis na rede foram o convite de Bolsonaro a chefes de Estado a acompanhar o processo eleitoral no País, a mudança de local do ato no Rio de Janeiro – o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) diz desconhecer o pedido – e a ação judicial do partido Rede no STF questionando essa medida. O monitor do Estadão encontrou indícios de ação automatizada e perfis inautênticos tuitando sobre o ato bolsonarista.


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