Política

Bolsonarista preso por bomba em caminhão em Brasília planejava ‘impor estado de sítio’ com explosões

Plano, segundo depoimento do empresário, foi traçado com outros manifestantes que estavam acampados em frente ao quartel em Brasília

O empresário, que tentou tentou explodir uma bomba perto do aeroporto em Brasília, tinha duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados e mais explosivos. Foto: Divulgação/PCDF
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O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa disse, em depoimento à polícia neste domingo 25, que planejava ‘impor estado de sítio’ no País com a explosão de um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília. A tentativa foi frustrada após falha técnica do detonador do explosivo e ação policial para desarmar a bomba. Ele foi preso ainda no sábado 24.

O depoimento, obtido e revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, mostra ainda que plano foi traçado com o auxílio de outros manifestantes golpistas acampados em frente ao quartel do Exército em Brasília. A intenção do grupo, diz o homem, era ainda explodir parte das instalações elétricas na capital federal.

“Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”, contou Sousa no depoimento.

Ele foi preso após o motorista do caminhão identificar o explosivo no veículo. Segundo a polícia, o artefato só não explodiu por uma falha técnica na operação do detonador pelo bolsonarista. Sousa é empresário, morador do Pará e está capital federal ecoando pedidos de golpe para que Lula não assuma o poder.

O suspeito ainda estava em posse de um arsenal de duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento do suspeito, ainda foram encontradas outras cinco emulsões explosivas, do tipo usada em detonações em atividades de mineração.

Ainda de acordo com a polícia, o homem possuía registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular. O suspeito deve ser indiciado por porte e posse ilegais de armas e munições e por crime contra o estado democrático de direito.

Após a nova tentativa de causar violência em Brasília, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou o episódio como sendo ‘efeito do extremismo’ apoiado por Bolsonaro. Ele também disse que os acampamentos golpistas se tornaram ‘incubadoras de terroristas’.

(Com informações de Deutsche Welle)

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