Bloco de apoio a Baleia Rossi indica ‘sinal forte’ de união em 2022, diz Maia

'Nós demos o grande passo para reduzir de vez a radicalização da política brasileira', afirmou

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

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Em seus últimos dias como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira 29, que acredita que a formação do amplo bloco de apoio ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) para sucedê-lo na presidência dá indícios do que pode estar por vir em 2022.

“Acho que isso é o que esse bloco mostra, que a gente é capaz, mesmo tendo muitas diferenças em muitos temas, de sentar numa mesa e discutir a nossa democracia e o interesse do Brasil. Eu acho que é um sinal forte de que parte desse bloco pode estar junto em 2022. Nós demos o grande passo para reduzir de vez a radicalização da política brasileira.”, afirmou o deputado.

 

 

 

O endosso de pelo menos 280 deputados a Rossi, em contraposição ao candidato bolsonarista Arthur Lira (PP-AL), une partidos do espectro da direita, como DEM, MDB, PSDB e PSL, e de oposição, como PT, PC do B, PDT e PSB. O PSOL ainda deve lançar candidatura própria para o 1º turno, mas já ressaltou que não irá apoiar Lira em nenhuma ocasião.


Maia ainda avaliou João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Luciano Huck, apresentador de TV, como “dois ótimos nomes” para a próxima corrida presidencial, e acenou para Paulo Câmara (PSB), Ciro Gomes (PDT) e ACM Neto (DEM) como parte do leque de opções.

Questionado sobre qual seria o balanço de sua gestão nos últimos três mandatos, Maia afirmou que a Câmara mostrou que não tem maioria a favor do governo Bolsonaro e que ‘ter levado Paulo Guedes a sério’ foi um erro.

No campo das reformas econômicas defendidas por ele e pela maioria dos parlamentares de centro-direita – a principal discrepância entre os partidos de esquerda e os mais próximos a Maia na Câmara -, o deputado acredita que não ter votado a reforma tributária foi uma consequência de falta de vontade política do grupo de Bolsonaro.

 

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