Blatter pressiona Brasil ante manifestações que ameaçam o Mundial

Presidente da Fifa diz que se protestos contra a Copa ocorrerem em 2014, terá que reconhecer que "o Brasil não era o local adequado" para o evento esportivo

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante uma cerimônia em um estádio da Cisjordânia

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VIENA (AFP) – O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, voltou a pressionar o Brasil em relação à  segurança no País depois das manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações, que serviu de ensaio geral para a Copa de 2014.

“Nós não podemos tirar conclusões do mal-estar social que ocorreu no Brasil. Isso quem tem de fazer são os dirigentes políticos do Brasil”, afirmou o suíço, em visita à Áustria.

“Se essas condições se repetirem no próximo ano, teremos de reconhecer que o Brasil não era o local adequado para disputar a Copa do Mundo”, acrescentou.

Blatter também comentou a questão do inadequado uso de recursos para a Copa, motivo de muitas das queixas dos manifestantes brasileiro. “A Fifa não pode ser responsabilizada por isso”, destacou.

Durante os protestos, os manifestantes denunciaram o aumento dos preços no transporte público e criticaram a qualidade dos serviços públicos em geral, a corrupção da classe política e as enormes quantias investidas na organização da Copa das Confederações e do Mundial-2014.

Depois da final vencida pelo Brasil contra a Espanha (3-0) no estádio do Maracanã, Blatter declarou seu optimismo em relação à organização do Mundial-2014.


“A herança é que teremos uma Copa do Mundo absolutamente excepcional”, afirmou o suíço na ocasião.

“O elogio maior que podemos fazer é em termos de segurança. Este é o resultado de uma combinação de profissionalismo e vontade de todos. Espero com otimismo e impaciência o próximo ano”, acrescentou.

Blatter, no entanto, agora parece não estar tão seguro de suas palavras, ao colocar em dúvida o que poderá acontecer durante o torneio de 2014.

Uma reunião entre os dirigentes da Fifa e a presidente Dilma Rousseff está prevista para setembro, quando estes temas com certeza serão tratados.

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